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Americanos veem justiça 6 dias após serem vítimas de crime
DO ENVIADO A PRETÓRIA
Johan Nel acende um cigarro no outro. Separado da
sala de julgamentos da corte
central de Pretória por uma
grade, espera ser chamado
pelo juiz para receber sua
sentença por fraude.
Na antevéspera do início
da Copa, 9 de junho, foi denunciado à polícia por dois
turistas norte-americanos.
Acusação: prometeu alugar
um carro a eles, pegou o dinheiro e não entregou o veículo. No dia 15, já estava recebendo sua condenação: 18
meses de prisão.
"A mulher dele ouviu uma
conversa nossa no hotel sobre alugar um carro e nos
abordou. Depois, ele apareceu, com uma história que
nos pareceu legítima, oferecendo um carro a preço
bom", disse Joseph McMahan, uma das vítimas.
Careca, branco e de meia-idade, o acusado é finalmente chamado pelo juiz.
A advogada designada pelo tribunal para defendê-lo é
claramente despreparada e
gagueja na hora de fazer sua
exposição. Primeiro tenta impedir que a imprensa registre
a sessão, argumentando que
isso prejudicaria os negócios
de seu cliente. Sem sucesso.
A sala é pequena, e o acusado, sem algemas, não parece representar perigo. Mas
lá estão seis policiais -na
plateia, cerca de 30 curiosos.
Do lado de fora, há uma
única indicação de que ali
funciona um tribunal especial para crimes da Copa: as
bandeiras dos países participantes do Mundial.
O procedimento, iniciado
às 19h20, termina uma hora e
meia depois. As vítimas, que
pagaram 2.271 rands (R$ 567)
pelo carro, saem aliviadas
por ter sido feita justiça antes
de retornarem aos EUA, naquela noite mesmo.
(FZ)
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