São Paulo, sábado, 18 de junho de 2011

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Técnico da seleção chama americano

BASQUETE
Larry Taylor está na lista dos convocados para jogar pelo Brasil no Pré-Olímpico da Argentina


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

Um americano de 30 anos que tenta se naturalizar brasileiro foi convocado pelo argentino Rubén Magnano para a seleção brasileira.
Larry Taylor, nascido em Chicago, foi armador do Bauru, quinto colocado na última edição do NBB (Novo Basquete Brasil), mora no país há três anos e teve seu nome incluído na lista de 20 atletas divulgada ontem.
Os 19 restantes são brasileiros, entre eles os quatro da NBA, inclusive Anderson Varejão, que está machucado.
Magnano terá de selecionar 12 dentre os 20 para representar o país no Pré-Olímpico de Mar del Plata, na Argentina, de 30 de agosto a 11 de setembro, que oferece duas vagas para Londres-12.
O argentino, segundo estrangeiro a comandar um selecionado masculino -o primeiro foi o espanhol Moncho Monsalve-, preferiu não justificar a convocação.
Foi do treinador a ideia de ter um americano no time. O jogador acumulou média de 14 pontos, cinco rebotes e seis assistências no NBB, o Campeonato Nacional.
Em dezembro de 2010, Taylor foi procurado por Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). A pedido de Magnano, sugeriu que o americano tentasse se naturalizar.
O jogador topou e iniciou o processo para se tornar brasileiro no dia 16 de maio.
A trilha para se obter a cidadania exige, no mínimo, seis anos de residência fixa no Brasil. Ou que o candidato seja casado com uma brasileira ou tenha um filho nascido no país há um ano.
O americano não preenche nenhum desses requisitos.
A CBB tenta a solução por outro caminho. Quer enquadrá-lo em um caso de "mão de obra especializada", carente no país. Não há prazo para a definição do processo.
A confederação afirma contar com apoio do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), mas não sabe quanto tempo pode durar até que a naturalização seja concretizada. O comitê não respondeu qual seria a sua contribuição.
No dia 22, a documentação de Taylor será analisado no Conselho de Imigração, do Ministério do Trabalho.
Em 4 de julho, ele se apresenta a Magnano na Hebraica, em São Paulo, para dar início à preparação para a competição na Argentina.
Neste período, terá hospedagem, alimentação e diárias pagas pela CBB, que banca as seleções nacionais com dinheiro da Lei Piva, entre outras fontes de renda.
"Se o processo for concluído e Larry se tornar brasileiro, ótimo, vai brigar por vaga no time que vai à Argentina. Caso contrário, tudo bem, será dispensado, mas terá ajudado", disse Mazzuchini.
Caso se confirme sua naturalização, Taylor será o segundo jogador nascido fora do Brasil a vestir o uniforme da seleção. O pivô Sucar, campeão mundial em 1963, nasceu na Argentina, mas é filho de pais brasileiros.
Em fevereiro, a Folha publicou o interesse da CBB de naturalizar atletas no masculino e no feminino para atuarem na seleção brasileira.


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