São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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NATAÇÃO

Thiago leva primeiros 2 dos 8 ouros pretendidos

Primeira medalha sai nos 400 m medley e como novo recorde pan-americano

Comparado com o recorde mundial do atual "fenômeno" da natação, Michael Phelps, o fluminense foi mais rápido nos nados costas e peito

FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O Brasil projeta ganhar muitos outros ouros no Pan do Rio. Mas poucos terão um peso técnico tão grande como o conquistado ontem nos 400 m medley por Thiago Pereira, 21.
Foi a primeira das oito medalhas que o fluminense pretende ganhar na competição -a segunda, também de ouro, chegou pouco depois, no revezamento 4 x 200 m livre.
Thiago cravou 4min11s44, seu recorde pessoal e nova maior marca da história dos Pans. Foi também o quarto melhor tempo mundial da temporada. E, mais importante para o futuro, decretou uma espécie de "empate técnico" com o melhor que o americano Michael Phelps, maior fenômeno das piscinas atualmente, fez nos 400 m medley -prova que é o seu forte- até hoje.
Comparado com o recorde mundial de Phelps, conquistado no último Mundial, na Austrália, Thiago foi mais rápido nos nados costas e peito. No borboleta, perdeu por pouco mais de um segundo. A grande diferença está no nado livre -o americano foi quase cinco segundos mais rápido, justamente a diferença entre os recordes.
De qualquer forma, um empate nos estilo é uma façanha e tanto. No Mundial australiano, nenhum nadador superou Phelps em mais de um estilo.
"Não poderia ser melhor, duas vitórias com recorde pan-americano", disse Thiago, se referindo ao seu desempenho individual e ao que conseguiu junto com os colegas no revezamento. Ele disse que os bons resultados no primeiro dia de finais no Maria Lenk serão vitais para os próximos dias de disputas. "Estou mais confiantes após este primeiro dia. Agora, eu sei que estou bem."
Ontem, Thiago conseguiu o seu melhor tempo numa final disputada pela manhã, como vai acontecer nos Jogos de Pequim, no próximo ano.
Para evoluir no livre e tirar a diferença para Phelps, Thiago não pretende tomar o caminho dos EUA e seus badalados centros de treinamento. "Já estive lá e foi bom como experiência. Mas não senti tanta diferença.
A busca de Thiago pelas medalhas continua hoje. Logo pela manhã, ele disputa as semifinais dos 200 m costas.
"Penso uma prova por vez. Mas qualquer um que está na final pode ganhar", disse o brasileiro sobre a possibilidade de faturar pódios em todas as provas que vai disputar. "Estava morto depois do medley", admitiu o nadador.
Ao contrário do que acontece com Diogo Silva, que ganhou a primeira medalha de ouro do Brasil no Pan, no taekwondo, as vitórias de Thiago foram acompanhadas de perto pelos "poderosos do esporte". O ouro no medley foi entregue pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr. No caso de Diogo, isso foi feito pelo representante do Comitê Olímpico das Bahamas.
Nas arquibancadas, Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, estava eufórico com os triunfos do nadador -antes de ele ganhar a primeira prova, o Brasil, que deseja o terceiro lugar no quadro geral de medalhas, era apenas o décimo. Outro que assistiu aos triunfos do nadador de Volta Redonda foi o prefeito do Rio, César Maia.
O Maria Lenk tinha cerca de um terço dos lugares vazios -cambistas, na frente de guardas municipais, tentavam se livrar de ingressos. As provas da natação vão até domingo.


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