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NATAÇÃO
Thiago leva primeiros 2 dos 8 ouros pretendidos
Primeira medalha sai nos 400 m medley e como novo recorde pan-americano
Comparado com o recorde mundial do atual "fenômeno" da natação, Michael Phelps, o fluminense foi mais rápido nos nados costas e peito
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O Brasil projeta ganhar muitos outros ouros no Pan do Rio.
Mas poucos terão um peso técnico tão grande como o conquistado ontem nos 400 m medley por Thiago Pereira, 21.
Foi a primeira das oito medalhas que o fluminense pretende
ganhar na competição -a segunda, também de ouro, chegou pouco depois, no revezamento 4 x 200 m livre.
Thiago cravou 4min11s44,
seu recorde pessoal e nova
maior marca da história dos
Pans. Foi também o quarto melhor tempo mundial da temporada. E, mais importante para o
futuro, decretou uma espécie
de "empate técnico" com o melhor que o americano Michael
Phelps, maior fenômeno das
piscinas atualmente, fez nos
400 m medley -prova que é o
seu forte- até hoje.
Comparado com o recorde
mundial de Phelps, conquistado no último Mundial, na Austrália, Thiago foi mais rápido
nos nados costas e peito. No
borboleta, perdeu por pouco
mais de um segundo. A grande
diferença está no nado livre -o
americano foi quase cinco segundos mais rápido, justamente a diferença entre os recordes.
De qualquer forma, um empate nos estilo é uma façanha e
tanto. No Mundial australiano,
nenhum nadador superou
Phelps em mais de um estilo.
"Não poderia ser melhor,
duas vitórias com recorde pan-americano", disse Thiago, se
referindo ao seu desempenho
individual e ao que conseguiu
junto com os colegas no revezamento. Ele disse que os bons
resultados no primeiro dia de
finais no Maria Lenk serão vitais para os próximos dias de
disputas. "Estou mais confiantes após este primeiro dia. Agora, eu sei que estou bem."
Ontem, Thiago conseguiu o
seu melhor tempo numa final
disputada pela manhã, como
vai acontecer nos Jogos de Pequim, no próximo ano.
Para evoluir no livre e tirar a
diferença para Phelps, Thiago
não pretende tomar o caminho
dos EUA e seus badalados centros de treinamento. "Já estive
lá e foi bom como experiência.
Mas não senti tanta diferença.
A busca de Thiago pelas medalhas continua hoje. Logo pela
manhã, ele disputa as semifinais dos 200 m costas.
"Penso uma prova por vez.
Mas qualquer um que está na
final pode ganhar", disse o brasileiro sobre a possibilidade de
faturar pódios em todas as provas que vai disputar. "Estava
morto depois do medley", admitiu o nadador.
Ao contrário do que acontece
com Diogo Silva, que ganhou a
primeira medalha de ouro do
Brasil no Pan, no taekwondo, as
vitórias de Thiago foram acompanhadas de perto pelos "poderosos do esporte". O ouro no
medley foi entregue pelo ministro dos Esportes, Orlando
Silva Jr. No caso de Diogo, isso
foi feito pelo representante do
Comitê Olímpico das Bahamas.
Nas arquibancadas, Carlos
Arthur Nuzman, presidente do
COB, estava eufórico com os
triunfos do nadador -antes de
ele ganhar a primeira prova, o
Brasil, que deseja o terceiro lugar no quadro geral de medalhas, era apenas o décimo. Outro que assistiu aos triunfos do
nadador de Volta Redonda foi o
prefeito do Rio, César Maia.
O Maria Lenk tinha cerca de
um terço dos lugares vazios
-cambistas, na frente de guardas municipais, tentavam se livrar de ingressos. As provas da
natação vão até domingo.
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