São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2011

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castigo

Seleção brasileira é eliminada da Copa América depois de desperdiçar 22 chances de gol durante o jogo e quatro cobranças na disputa de pênaltis

Danilo Verpa/Folhapress
Pato perde gol na partida em La Plata

Brasil 0 (0)
Paraguai 0 (2)

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A LA PLATA

A falta de pontaria eliminou o Brasil nas quartas de final da Copa América. Na primeira competição oficial de Mano Menezes como seu técnico, o time caiu contra o Paraguai, em La Plata, nos pênaltis, após 120 minutos de futebol sem gols.
A eliminação se deu como resultado de um fato inédito na história da seleção nacional, que não conseguiu converter nenhuma penalidade.
Nunca na história, em uma disputa de pênaltis por competições oficiais, o Brasil, com sua equipe principal, errou quatro cobranças -duas haviam sido o máximo, na eliminação para a França na Copa de 1986.
Elano, André Santos e Fred chutaram para fora. Thiago Silva teve sua cobrança defendida por Villar. Estigarribia e Riveros acertaram para a equipe paraguaia.
O Brasil caiu após fazer seu melhor jogo na Copa América. Dominou o Paraguai, mas errou ao finalizar. Foram 22 chances, segundo o Datafolha -16 para fora. As seis no alvo foram detidas. Ontem, pela primeira vez em 12 jogos, incluindo oito amistosos, Mano conseguiu (e quis) repetir a escalação.
Os 11 titulares que começaram jogando foram os mesmos dos 4 a 2 sobre o Equador, na quarta-feira. Mas, ao contrário daquele jogo, o Brasil procurou muito mais a esquerda do que a direita. A jornada pouco inspirada de Ganso foi compensada pela presença dos volantes no ataque e, sobretudo, pela mobilidade de Robinho.
O jogador do Milan abriu espaços pelos dois lados, voltou para buscar a bola, finalizou e ajudou na marcação. O Paraguai se propôs a jogar da forma mais covarde possível: trancado atrás, com nove jogadores em seu próprio campo, sem nenhuma intenção de atacar. Foi um massacre do Brasil.
Houve bola na trave, milagres de Villar, chutes para fora. Lúcio quase marcou, e Ganso, que não acertara o gol até então, chutou na trave. Mano tentou. Trocou Neymar e Ganso por Fred e Lucas. Barreto tirou em cima da linha uma cabeçada de Fred. Na prorrogação, Lucas Leiva e Alcaraz foram expulsos após troca de empurrões.
E o Brasil continuava tentando. Lucas driblava dois, três, mas era desarmado pelo quarto. Para reorganizar o meio, Mano tirou Pato e pôs Elano. A bola não entrou. Júlio César trabalhou tão pouco durante o jogo que precisou fazer aquecimento de novo antes dos pênaltis.
Tampouco teve trabalho nas cobranças. O único paraguaio que errou chutou fora. A marca de cal na área em que foram batidos os pênaltis era um buraco cheio de areia -como o resto do campo, aliás. Mas as más condições não impediram que dois paraguaios fizessem o que nenhum brasileiro conseguiu.


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