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São-paulinos não perdem a pose com vice
DOS ENVIADOS A PORTO ALEGRE
O São Paulo desperdiçou a
chance de conquistar a América pela quarta vez. Mas não
perdeu a pose.
Após o empate que custou
o título da Libertadores, o
técnico Muricy Ramalho
exaltou o trabalho feito pelo
clube neste ano -ele também foi vice no Paulista ao
ser superado pelo Santos- e
disse que o São Paulo precisa
manter o bom futebol no
Brasileiro, torneio que passa
a ser prioridade para os dirigentes do clube.
"Não é fácil chegar duas
vezes seguidas à final da Libertadores. Temos de continuar no mesmo ritmo. No futebol, tem isso, um time tem
que perder. E todos lutaram
muito em campo", disse ele.
Ao ser questionado se o time poderia sofrer uma queda de rendimento e entrar
em declínio no Brasileiro, do
qual é líder isolado, Muricy
provocou o eterno rival Corinthians, que está na zona
do rebaixamento do Nacional, para responder.
"Um time que está sempre
chegando a decisões não pode estar em crise. Duro seria
se estivéssemos em último
lugar. Aí sim você ia ver a dificuldade", falou Muricy.
Sobre o fato de ter ""zerado" o primeiro semestre nas
duas decisões que disputou
-em 2005, o time tinha ganho o Paulista com Emerson
Leão e a Libertadores com
Paulo Autuori-, o técnico falou que já sabia da responsabilidade de pegar um grupo
que no passado ganhou três
títulos importantes.
"Repetir uma temporada
em que se ganhou quase tudo
é realmente muito difícil.
Mas não sou de ficar lamentando. Tínhamos é de trabalhar para solucionar problemas", afirmou Muricy.
Sobre a saída de jogadores
importantes como Lugano,
que acertou com o Fenerbahce, da Turquia, e Ricardo
Oliveira, que volta para o Betis, o técnico deu seu recado.
"Estamos perdendo um
zagueiro que é um líder nato
e um grande goleador."
Sobre a falha de seu principal atleta no primeiro gol do
Internacional, Muricy foi só
elogios. "Jamais vou até a
imprensa para falar mal de
jogador. O que falei para o
Rogério é que ele é muito
grande. Já fez muito para o
São Paulo e vai continuar fazendo muito mais", falou.
Mas, apesar do discurso de
levantar a cabeça, o baque de
perder a Libertadores foi
acusado pelos jogadores.
O ala-direito Souza disse
que os problemas extracampo acabaram atrapalhando o
grupo e deu como exemplo o
caso de Ricardo Oliveira, que
não foi liberado pelo Betis
para disputar a segunda partida da final da Libertadores.
"Você lê os jornais e não
sabe o que está acontecendo.
Isso atrapalha um pouco.
Mas acho que o problema
maior foi mesmo nas finalizações. No segundo jogo, eles
deram dois chutes e fizeram
dois gols, enquanto a nossa
bola não entrava. Agora é
tentar terminar bem o Brasileiro para estar na Libertadores novamente no ano que
vem."0
(MDA E TA)
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