São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2006

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Palmeiras freia ascensão e frustra torcedores

Com um jogador a mais por meia hora, equipe de Tite cede gol ao Juventude e somente tem forças para empatar em seu estádio

TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia era selar as pazes com a torcida e sepultar as mágoas recentes no Parque Antarctica. Ontem, o time do técnico Tite perdeu a chance de colocar a aflição de vez no passado.
Impaciente, o Palmeiras não converteu inúmeras chances de gol e só empatou em 1 a 1 com o Juventude, que atuou com um jogador a menos na última meia hora de partida.
Se começou a rodada só três pontos à frente da faixa do descenso e tinha a chance de pela primeira vez integrar o "top ten", o Palmeiras emperrou sua ascensão. Antes da igualdade contra os gaúchos, somara 16 pontos dos 18 possíveis.
Pior para o alviverde, o "revés" foi contra a equipe que entrou em campo como o mais inofensivo visitante do Brasileiro -em sete jogos, perdera seis e só ganhara um. E que em momento algum deu sinais de que poderia frear o mandante.
Empurrado por 17.793 torcedores, o Palmeiras dominou a primeira etapa, mas perdeu chances claras com Enílton e, em especial, Michael, que falhou diante do goleiro André.
Na criação, Edmundo, Juninho e Paulo Baier ofereciam perigo à defesa gaúcha. Ora cediam passes preciosos. Ora chutavam e exigiam cuidado dos rivais, que foram criticados.
"Eles estão batendo demais, e o juiz não marca!", falou Enílton. "A arbitragem está péssima. O gramado não tem colaborado", emendou Edmundo.
A ira não encontrava coro nos números do Datafolha. Das 34 faltas da primeira etapa -a média do Brasileiro gira em torno das 50-, o Palmeiras fora responsável por 19.
O time de Tite atacava e, após chutar fora duas chances com Juninho, viu o rival perder, aos 15min, o ala-esquerdo João Paulo, expulso. Mesmo com um atleta a mais, o Palmeiras tomava sustos do Juventude, que apostava em desordenados contra-ataques. Em um deles, a defesa alviverde se atrapalhou e a bola sobrou para Alexandre, que abriu o placar aos 31min.
Mas a alegria foi momentânea. Na saída de bola, após jogada individual de Marcinho pela direita, Edmundo empatou. E fez o Parque Antarctica voltar a pulsar. Por pouco tempo.
Com chutes pífios e uma afobação que lembrava o Palmeiras que amargou 12 rodadas na zona de descenso, a equipe não conseguiu o tento da virada.
Retrato do jogo: Juventude e Palmeiras ficaram nas mesmas posições em que iniciaram a rodada (11º e 12º lugares).
Agora, o Palmeiras visita o Inter no domingo. Já o Juventude enfrentará o Fortaleza.


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