São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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VÔLEI

Lição de casa afia seleção feminina

Vídeos e simulações ajudam equipe feminina, que encara Japão no 1º mata-mata, a destroçar rivais

DA ENVIADA A PEQUIM

A seleção feminina se preparou como nunca para seu primeiro jogo decisivo nos Jogos de Pequim. Uma vitória sobre a Itália deixaria o time na liderança de seu grupo.
Para isso, a comissão técnica aproveitou o duelo contra o fraco Cazaquistão para treinar. Também fez análises minuciosas de vídeos das rivais e pôs as observações em prática nos treinos. Resultado: 3 sets a 0 (25/16, 25/22 e 25/17).
A seleção fez campanha impecável na primeira fase, com todas as vitórias por 3 sets a 0. A equipe estréia nas quartas-de-final na madrugada de amanhã, à 1h, contra o Japão, no Ginásio Capital. Se vencer, o Brasil irá pegar na semifinal o vencedor de Rússia x China.
"Foi um jogo muito mais estudado do que os outros. Jogamos com mais concentração e tentamos impor o nosso ritmo. Vimos horas de vídeos, foram quatro vídeos. A gente vai parando a cada jogada, analisando, demora um século, mas vale a pena", declara Thaisa.
Reserva, a meio-de-rede também imitou nos treinos os ataques de algumas atletas italianas. Com isso, as brasileiras estavam muito mais preparadas para barrar os ataques das adversárias no bloqueio.
O time anotou 18 pontos no fundamento, contra 2 da Itália. Fabiana foi o destaque (cinco acertos), mas até Fofão (1,73 m), a mais baixa do time depois da líbero Fabi, fez um ponto.
"Gostei do movimento do bloqueio, está chegando bem ajustado. Como tivemos o jogo contra o Cazaquistão, foram quatro dias de treinos", comemora o técnico Zé Roberto.
Mesmo antes de partidas menos importantes, a seleção teve um dia para se preparar. Pelo calendário, a equipe atua em dias alternados. A tabela dá mais tempo para a preparação, mas, segundo o treinador, mexe demais com a ansiedade.
"Temos de esperar um dia, e ele parece muito longo, demora a passar. Preferimos chegar e jogar logo", afirma ele.
No primeiro confronto das quartas, as brasileiras irão encarar o Japão, quarto do outro grupo. O time japonês perdeu ontem das donas da casa, que terminaram em terceiro.
"Jogamos contra o Japão nos últimos quatro anos e, no Grand Prix, foi a primeira vez que vi o Japão jogando mais aberto, com menos velocidade, atacando do fundo. Gostei mais do Japão agora, será jogo complicado", afirma o técnico Zé Roberto.0 (MARIANA LAJOLO)


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