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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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PINGUE-PONGUE

Maior rival diz que ficava com coração na boca

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele foi um dos poucos rivais que deixaram Robert Scheidt em maus lençóis. Tirou do brasileiro o título mundial de 1999 e triunfou na acirrada disputa que valeu o ouro olímpico nos Jogos de Sydney-2000.
O inglês Ben Ainslie, 26, hoje na classe finn, conta que a longevidade de Scheidt na laser é fora do comum. "Só fui páreo para ele quando estava absolutamente 100%. E, mesmo assim, mentiria se não confessasse que meu coração veio parar na boca", contou o atleta nesta entrevista à Folha. (GR)
 

Folha - Como é velejar contra Robert Scheidt?
Ben Ainslie -
Ele foi meu adversário mais aguerrido. Tem uma habilidade incrível e jamais desiste nas provas. Tivemos um pequeno atrito após a apertada disputa de Sydney. Na última regata, nossos barcos colidiram, e ele acabou sendo punido. A tensão foi bastante grande, mas sei que vamos rir disso com o passar dos anos.

Folha - Você seguiu o caminho tradicional no iatismo e mudou de classe após a Olimpíada. Por que Scheidt está há tanto tempo na mesma categoria?
Ainslie -
É difícil saber. A ótima capacidade física dele certamente o ajuda a se manter forte na laser. Eu, por exemplo, estou 15 quilos mais pesado do que em Sydney e disputando uma categoria de barcos maiores, a finn. Seguir encarando as regatas da laser com o vigor de Robert é fora do comum.

Folha - Em Cádiz, você e Scheidt tentam manter o título de campeões mundiais nas classes que disputam. Quem tem mais chance de repetir o triunfo?
Ainslie -
Robert é o favorito disparado. Acredito que o sueco Birgmark é hoje em dia seu principal adversário. Meu conterrâneo Paul Goodison também pode conquistar alguma coisa se velejar muito bem. De minha parte, posso dizer que estou encarando com muita seriedade os novos desafios na finn. Depois do Mundial, vou começar desde já a me preparar para a Olimpíada de Atenas, no ano que vem. Tenho muito trabalho a fazer.


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