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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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Após Senna, empresária vê mina de ouro

DA REPORTAGEM LOCAL

A maré não está boa para quem busca patrocínios na área esportiva. Mesmo assim, Robert Scheidt não tem motivos para reclamar.
Em tempos de retração dos mercados, o brasileiro ostenta a invejável marca de cinco parceiros que investem em sua carreira, fato raro nos esportes considerados amadores.
Cecília Yoshizawa, empresária responsável pela campanha de marketing do velejador, afirma que as cifras poderiam ser ainda mais vultosas.
"Não existe no Brasil um produto de marketing melhor que o Scheidt. Que empresa não quer associar sua marca a uma imagem tão vencedora?", contou Yoshizawa, que também trabalhou com Ayrton Senna.
Hoje, o iatista recebe verbas da Varig, do Bingo Augusta, da Petrobras, do Banco do Brasil e da Volvo. Os valores de cada contrato não foram revelados.
Na visão da empresária, Scheidt só não consegue um parceiro fixo e vitalício, como outros nomes consagrados no esporte, porque a vela ainda não é popular no Brasil.
"O Senna, por exemplo, tinha um contrato de patrocínio exclusivo com um banco. O Scheidt, por tudo o que conquistou na carreira, já merecia algo parecido", contou.
No mês passado, quando o velejador triunfou nos Jogos Pan-Americanos e na Semana Pré-Olímpica de Atenas, sua aparição em veículos de comunicação rendeu, segundo cálculos da assessoria, quase R$ 10 milhões em retorno de mídia.
Scheidt apareceu em 650 reportagens impressas e em 312 de televisão.
"Sei que não posso ficar sobrevivendo só do passado. Por isso, disputo o máximo de competições que posso. Isso talvez ajude com os patrocinadores", contou Scheidt.
Yoshizawa acompanhou Scheidt na viagem a Cádiz. Além de tentar contatos com investidores do exterior, afirma que já começou a pensar na campanha de marketing para a Olimpíada de Atenas.
"Ele pode ser requisitado para provas em equipe de vela oceânica após os Jogos. Preciso ficar atenta", contou. (GR)


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