|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após Senna, empresária vê mina de ouro
DA REPORTAGEM LOCAL
A maré não está boa para
quem busca patrocínios na
área esportiva. Mesmo assim,
Robert Scheidt não tem motivos para reclamar.
Em tempos de retração dos
mercados, o brasileiro ostenta
a invejável marca de cinco parceiros que investem em sua
carreira, fato raro nos esportes
considerados amadores.
Cecília Yoshizawa, empresária responsável pela campanha
de marketing do velejador,
afirma que as cifras poderiam
ser ainda mais vultosas.
"Não existe no Brasil um produto de marketing melhor que
o Scheidt. Que empresa não
quer associar sua marca a uma
imagem tão vencedora?", contou Yoshizawa, que também
trabalhou com Ayrton Senna.
Hoje, o iatista recebe verbas
da Varig, do Bingo Augusta, da
Petrobras, do Banco do Brasil e
da Volvo. Os valores de cada
contrato não foram revelados.
Na visão da empresária,
Scheidt só não consegue um
parceiro fixo e vitalício, como
outros nomes consagrados no
esporte, porque a vela ainda
não é popular no Brasil.
"O Senna, por exemplo, tinha
um contrato de patrocínio exclusivo com um banco. O
Scheidt, por tudo o que conquistou na carreira, já merecia
algo parecido", contou.
No mês passado, quando o
velejador triunfou nos Jogos
Pan-Americanos e na Semana
Pré-Olímpica de Atenas, sua
aparição em veículos de comunicação rendeu, segundo cálculos da assessoria, quase R$ 10
milhões em retorno de mídia.
Scheidt apareceu em 650 reportagens impressas e em 312
de televisão.
"Sei que não posso ficar sobrevivendo só do passado. Por
isso, disputo o máximo de
competições que posso. Isso
talvez ajude com os patrocinadores", contou Scheidt.
Yoshizawa acompanhou
Scheidt na viagem a Cádiz.
Além de tentar contatos com
investidores do exterior, afirma
que já começou a pensar na
campanha de marketing para a
Olimpíada de Atenas.
"Ele pode ser requisitado para provas em equipe de vela
oceânica após os Jogos. Preciso
ficar atenta", contou.
(GR)
Texto Anterior: Maior que o barco e refém dele, Scheidt tenta o hepta Próximo Texto: Pingue-pongue: Maior rival diz que ficava com coração na boca Índice
|