São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Com trio de atacantes, Santos cai em Campinas

Vanderlei Luxemburgo arrisca na etapa final, mas perde em falha de Domingos

Ponte Preta 1
Santos 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Vanderlei Luxemburgo queria vencer, avançou sua equipe, jogou com três atacantes, mas foi traído por sua defesa. Na estréia do meia Zé Roberto, o Santos caiu diante de uma Ponte Preta pouco ambiciosa que, mesmo nas últimas posições do Brasileiro, considerava bom o empate em casa.
O 1 a 0, gol originado em falha do zagueiro Domingos, fez o time do litoral cair para a quarta posição, com 39 pontos, e tirou a Ponte da zona de rebaixamento -é a 15ª, com 30 pontos. "Eu não vi o adversário, e ele roubou a bola. Um time que quer ganhar não pode falhar, e eu falhei", explicou, cabisbaixo, Domingos sobre o lance em que perdeu a bola para Tuto, autor do gol de pênalti convertido na seqüência do lance.
Foi a sexta derrota santista em 12 partidas fora de casa. "Ficou difícil, mas ainda faltam 14 rodadas", disse Luxemburgo.
Com 40 segundos de jogo, Zé Roberto deu seu olá aos santistas. Quase marcou em seu primeiro chute como jogador do time da Vila Belmiro.
Lauro defendeu. Parecia promissor, mas foi só poeira. Zé Roberto praticamente sumiu depois disso. "Infelizmente, perdemos, mas não desistimos do título", disse o camisa 10.
A técnica teve pouco espaço na partida. Santistas e pontepretanos congestionaram o meio-campo e transformaram o duelo em um jogo feio.
Pouca inspiração para uma equipe que tem atletas habilidosos como Zé Roberto, Cléber Santana e André Luiz. Luxemburgo pedia, em vão, para que eles se aproximassem e fizessem tabelas. Na Ponte, só Fábio Baiano mostrou algo diferente.
Os volantes, porém, foram os donos do jogo na maior parte do tempo. Diante da mediocridade, Luxemburgo ficou furioso com o árbitro Alício Pena Júnior por achar que houve um pênalti em Rodrigo Tiuí em um lance duvidoso.
"Precisamos tentar jogar mais pelos lados", pediu o lateral-esquerdo Kléber.
Luxemburgo, nada satisfeito, mudou sua equipe. Trocou o volante Heleno e o atacante Wellington Paulista por dois homens de frente, Jonas e André. Dessa forma, pôs em prática o 4-3-3, esquema testado durante a semana nos treinos, com Zé Roberto de volante.
Com o time mais adiantado, os santistas marcavam sob pressão e criavam várias chances. O jogo ficou melhor, sobretudo porque a Ponte Preta, em bons contragolpes, obrigou Fábio Costa a fazer boas defesas.
Assim como pediu Kléber, o Santos passou a jogar mais pelos lados, principalmente o esquerdo, aproveitando-se de seus dois canhotos no meio-campo, Zé Roberto e André Luiz. Mas o time parou nas mãos do goleiro Jean.
Mesmo melhor em campo, os santistas se perderam na defesa. Tuto roubou a bola de Domingos na esquerda, avançou, passou por André Luiz e foi derrubado por ele na área. Pênalti e 1 a 0, a 18 minutos do fim.
A partir daí, a defesa santista entrou em pane. Em uma seqüência de trapalhadas de Fábio Costa e Luis Alberto, o time da casa perdeu chance de ampliar. Luxemburgo não acreditava. Tirou André Luiz e pôs Carlinhos. Kléber foi para o meio. Não adiantou. A defesa da Ponte continuou sem errar.


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