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Palmeiras bate nas traves e perde do Cruzeiro em BH
Duas bolas de Edmundo e uma de Marcinho tocam a baliza
no segundo tempo e não salvam time de queda no Mineirão tenta chuta na derrota em BH
Cruzeiro 1
Palmeiras 0
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira das quatro partidas seguidas que fará fora de
sua casa, o Palmeiras parou na
trave do Mineirão. Contra o
Cruzeiro, foram três finalizações que poderiam ter salvado
o time de Tite da derrota, mas
faltou calibre a Edmundo e cia.
"Infelizmente, nós saímos
com um gostinho amargo pelas
chances e oportunidades que
tivemos. E não foi por falta de
eficiência nossa, mas o Cruzeiro teve melhor sorte que nós",
disse o atacante Marcinho.
Numa partida de amplas possibilidades, o time, que atuou
novamente com a camisa prateada, foi castigado pelos constantes erros de finalização.
O Palmeiras chutou mais DO
que o Cruzeiro -22 vezes contra 18, segundo o Datafolha-,
mas só acertou sete no gol. O time mineiro disparou na mosca
em cinco chances, obrigando
Diego Cavalieri a jogar muito.
Além das bolas na trave,
chances cristalinas de gol foram desperdiçadas pelo ataque
palmeirense -duas delas, uma
em cada tempo, nos pés de Edmundo, cara a cara com Fábio,
que foi outro destaque do jogo.
A primeira delas, na etapa
inicial, mereceu reclamação de
Juninho, que lamentou de braços abertos dentro da área, à espera do passe que não houve.
É até difícil dizer que o Palmeiras sentiu falta de um jogador de presença de área como
Enílton, dado que chances não
faltaram ao Palmeiras. Marcinho, que substituiu o lesionado, teve sua melhor chance aos
37min do segundo tempo, mas
a cabeçada foi no travessão.
"Tivemos muitas chances e
não fomos competentes para
fazer o gol", disse Paulo Baier.
Não fosse a brilhante atuação
do goleiro Diego Cavalieri, vazado apenas no pênalti cobrado
por Geovani aos 29min do primeiro tempo, o resultado poderia ter sido mais dramático.
A equipe ainda teve a seu favor, aos 20min do segundo
tempo, a discutível expulsão do
cruzeirense Martinez -não ficou claro se o jogador atingiu
Edmundo por trás no lance de
seu segundo cartão amarelo. A
inferioridade fez o Cruzeiro se
entricheirar, principalmente
nos dez minutos finais.
O jogo começou muito bom
para os alviverdes, que perderam logo aos 6min uma chance
formidável com Paulo Baier.
Ele encobriu o goleiro Fábio,
mas a bola foi salva por Thiago
Heleno embaixo da linha.
Depois disso, porém, o Palmeiras passou a esperar as
ações do Cruzeiro, que se recuperou do susto e passou a perder gols. Wagner teve grande
chance numa bola mal atrasada
de Dininho, mas perdeu.
Ao longo do jogo, o time de
Belo Horizonte mostrou que as
finalizações não são o seu forte.
Até na cobrança do pênalti bem
marcado de Wendel em Elson,
Geovanni chutou forte e deu
sorte: a bola passou rapidamente por baixo de Diego.
Com só duas vitórias fora de
casa e um ponto acima da zona
de rebaixamento, a equipe do
Parque Antarctica, 14ª do Nacional, vai ter que melhorar
muito seu rendimento nas próximas três rodadas. Pegará fora
da capital paulista o lanterna
Santa Cruz, o líder São Paulo e
o vice-líder Grêmio.
O resultado aliviou a vida de
Oswaldo de Oliveira, um dos
técnicos mais ameaçados de
demissão na rodada de ontem.
O Cruzeiro vinha de uma seqüência de três jogos sem vitória no Brasileiro e da eliminação na Sul-Americana, no meio
da semana, para o Santos.
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