São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Palmeiras bate nas traves e perde do Cruzeiro em BH

Duas bolas de Edmundo e uma de Marcinho tocam a baliza no segundo tempo e não salvam time de queda no Mineirão tenta chuta na derrota em BH

Cruzeiro 1
Palmeiras 0

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na primeira das quatro partidas seguidas que fará fora de sua casa, o Palmeiras parou na trave do Mineirão. Contra o Cruzeiro, foram três finalizações que poderiam ter salvado o time de Tite da derrota, mas faltou calibre a Edmundo e cia.
"Infelizmente, nós saímos com um gostinho amargo pelas chances e oportunidades que tivemos. E não foi por falta de eficiência nossa, mas o Cruzeiro teve melhor sorte que nós", disse o atacante Marcinho.
Numa partida de amplas possibilidades, o time, que atuou novamente com a camisa prateada, foi castigado pelos constantes erros de finalização.
O Palmeiras chutou mais DO que o Cruzeiro -22 vezes contra 18, segundo o Datafolha-, mas só acertou sete no gol. O time mineiro disparou na mosca em cinco chances, obrigando Diego Cavalieri a jogar muito.
Além das bolas na trave, chances cristalinas de gol foram desperdiçadas pelo ataque palmeirense -duas delas, uma em cada tempo, nos pés de Edmundo, cara a cara com Fábio, que foi outro destaque do jogo.
A primeira delas, na etapa inicial, mereceu reclamação de Juninho, que lamentou de braços abertos dentro da área, à espera do passe que não houve.
É até difícil dizer que o Palmeiras sentiu falta de um jogador de presença de área como Enílton, dado que chances não faltaram ao Palmeiras. Marcinho, que substituiu o lesionado, teve sua melhor chance aos 37min do segundo tempo, mas a cabeçada foi no travessão.
"Tivemos muitas chances e não fomos competentes para fazer o gol", disse Paulo Baier.
Não fosse a brilhante atuação do goleiro Diego Cavalieri, vazado apenas no pênalti cobrado por Geovani aos 29min do primeiro tempo, o resultado poderia ter sido mais dramático.
A equipe ainda teve a seu favor, aos 20min do segundo tempo, a discutível expulsão do cruzeirense Martinez -não ficou claro se o jogador atingiu Edmundo por trás no lance de seu segundo cartão amarelo. A inferioridade fez o Cruzeiro se entricheirar, principalmente nos dez minutos finais.
O jogo começou muito bom para os alviverdes, que perderam logo aos 6min uma chance formidável com Paulo Baier. Ele encobriu o goleiro Fábio, mas a bola foi salva por Thiago Heleno embaixo da linha.
Depois disso, porém, o Palmeiras passou a esperar as ações do Cruzeiro, que se recuperou do susto e passou a perder gols. Wagner teve grande chance numa bola mal atrasada de Dininho, mas perdeu.
Ao longo do jogo, o time de Belo Horizonte mostrou que as finalizações não são o seu forte. Até na cobrança do pênalti bem marcado de Wendel em Elson, Geovanni chutou forte e deu sorte: a bola passou rapidamente por baixo de Diego.
Com só duas vitórias fora de casa e um ponto acima da zona de rebaixamento, a equipe do Parque Antarctica, 14ª do Nacional, vai ter que melhorar muito seu rendimento nas próximas três rodadas. Pegará fora da capital paulista o lanterna Santa Cruz, o líder São Paulo e o vice-líder Grêmio.
O resultado aliviou a vida de Oswaldo de Oliveira, um dos técnicos mais ameaçados de demissão na rodada de ontem.
O Cruzeiro vinha de uma seqüência de três jogos sem vitória no Brasileiro e da eliminação na Sul-Americana, no meio da semana, para o Santos.


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