|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Barueri vê o duelo das mais fracas
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto as principais
seleções ainda disputam a
classificação para as quartas-de-final do Mundial,
duas equipes mais modestas já encerraram sua participação no torneio.
Ontem pela manhã, em
Barueri, Senegal e Nigéria
fizeram uma disputa particular africana para fugir
da última colocação.
Por uma diferença de
apenas dois pontos (66 a
64), as senegalesas venceram a sua única partida no
Mundial. Já as nigerianas,
estreantes no torneio, tiveram que se conformar
com a lanterna.
"Foi muito triste. Queríamos, no mínimo, ter
vencido uma partida",
afirmou Itoro Umoh, capitã nigeriana. "A nossa chave não ajudou", reclamou
a armadora, que até ontem
era a melhor do Mundial
em assistências, com uma
média de 5,8 por jogo.
Na primeira fase, sua
equipe caiu no grupo considerado mais forte do
Mundial, tendo como rivais EUA, Rússia e China.
Mesmo com tantos resultados adversos, a seleção da Nigéria teve alguns
motivos para se contentar
com a passagem pelo
Mundial. As jogadoras
mostraram-se surpresas
com a presença de conterrâneos no Brasil, torcendo
no ginásio com bandeiras
nacionais em punho. "Isso
foi muito importante. Senti que ali estava um pedacinho da minha casa e é
muito bom sentir isso
quando se está longe de
onde você veio", ressaltou
a ala-pivô Mercy Okorie.
A jogadora diz que defende com orgulho a sua
seleção, mas não esconde
o fascínio pelo basquete
norte-americano. "A
WNBA é a maior liga do
mundo. Como atleta, é claro que você sempre quer
atingir o auge."
Okorie não é um caso
único. A principal preocupação do basquete africano é com o êxodo de seus
principais talentos para os
centros mundiais do esporte. É o caso do nigeriano Ademola Okulaja, que
defende a Alemanha, e do
sul-africano Steve Nash,
que joga pelo Canadá.
Apesar disso, o presidente da Fiba, Bob Elphinston, mostra-se otimista com o basquete africano. "Acreditamos que
irá melhorar nos próximos
anos. Há um grande trabalho para isso."
(ALF E MB)
Texto Anterior: Fiba elege a Argentina como surpresa do torneio Próximo Texto: Cida Santos: Paz no Brasil, crise na Itália Índice
|