São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Barueri vê o duelo das mais fracas

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto as principais seleções ainda disputam a classificação para as quartas-de-final do Mundial, duas equipes mais modestas já encerraram sua participação no torneio.
Ontem pela manhã, em Barueri, Senegal e Nigéria fizeram uma disputa particular africana para fugir da última colocação.
Por uma diferença de apenas dois pontos (66 a 64), as senegalesas venceram a sua única partida no Mundial. Já as nigerianas, estreantes no torneio, tiveram que se conformar com a lanterna.
"Foi muito triste. Queríamos, no mínimo, ter vencido uma partida", afirmou Itoro Umoh, capitã nigeriana. "A nossa chave não ajudou", reclamou a armadora, que até ontem era a melhor do Mundial em assistências, com uma média de 5,8 por jogo.
Na primeira fase, sua equipe caiu no grupo considerado mais forte do Mundial, tendo como rivais EUA, Rússia e China.
Mesmo com tantos resultados adversos, a seleção da Nigéria teve alguns motivos para se contentar com a passagem pelo Mundial. As jogadoras mostraram-se surpresas com a presença de conterrâneos no Brasil, torcendo no ginásio com bandeiras nacionais em punho. "Isso foi muito importante. Senti que ali estava um pedacinho da minha casa e é muito bom sentir isso quando se está longe de onde você veio", ressaltou a ala-pivô Mercy Okorie.
A jogadora diz que defende com orgulho a sua seleção, mas não esconde o fascínio pelo basquete norte-americano. "A WNBA é a maior liga do mundo. Como atleta, é claro que você sempre quer atingir o auge."
Okorie não é um caso único. A principal preocupação do basquete africano é com o êxodo de seus principais talentos para os centros mundiais do esporte. É o caso do nigeriano Ademola Okulaja, que defende a Alemanha, e do sul-africano Steve Nash, que joga pelo Canadá.
Apesar disso, o presidente da Fiba, Bob Elphinston, mostra-se otimista com o basquete africano. "Acreditamos que irá melhorar nos próximos anos. Há um grande trabalho para isso." (ALF E MB)


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