São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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CIDA SANTOS

cidasan@uol.com.br

Paz no Brasil, crise na Itália

Aqui, o treinador da seleção tem uma dúvida: Valeskinha ou Paula Pequeno? Lá, a atual campeã mundial busca técnico A SELEÇÃO brasileira feminina volta a se apresentar hoje para o grande desafio da temporada: ganhar pela primeira vez o Campeonato Mundial, que começa no dia 31 de outubro, no Japão. Ainda falta fazer um corte no grupo de 13 jogadoras. Quem será a dispensada: Paula Pequeno ou Valeskinha? Quem viu a fase final do Grand Prix não deve ter muitas dúvidas. Mari, com um leve estiramento no abdômen, ficou fora do time. As ponteiras Jaqueline e Sassá foram titulares. Confesso o meu temor naqueles dias: e se uma delas não estiver bem? Valeskinha segura a onda? As duas jogaram bem, e Valeskinha não precisou entrar. A contusão de Mari evidenciou que o Brasil precisa de Paula, que só ficou fora da seleção devido ao nascimento da filha, em junho. Ela foi convocada na sexta. Paula tem atuado no Osasco, resta saber qual é a sua condição física. Valeskinha jogava como central. Devido à altura, 1,80 m, baixa para os atuais padrões, foi deslocada neste ano para a ponta da rede. Ainda está em fase de adaptação. Paula, em forma, é a melhor ponteira do país. Valeskinha é uma jogadora com significado especial na seleção. Até o ano passado, era a capitã, escolhida por eleição direta das atletas. Neste ano, perdeu o cargo para Fofão, mas é uma das mais queridas do time. Uma das qualidades da seleção é a união. O técnico José Roberto Guimarães valoriza muito o esforço e o trabalho que todas as atletas tiveram neste ano. Será difícil ele fazer o corte, mas deve prevalecer a opção técnica. E, se Paula estiver bem, o Brasil vai precisar dela.

Crise italiana Na Itália, o vôlei está fervendo. Depois do terceiro lugar no Grand Prix, as jogadoras da seleção italiana, atuais campeãs mundiais, se rebelaram. Pediram a demissão do técnico Marco Bonitta, que estava havia quatro anos no cargo. Se não fossem atendidas, ameaçavam não disputar o Mundial. Na última sexta, o técnico, conhecido pelo seu temperamento difícil, pediu demissão. O mais cotado para assumir o cargo é Massimo Barbolini, atual técnico do Perugia, clube de Fofão e Walewska. A seleção masculina, que só disputou a fase final da Liga Mundial porque foi convidada, também está em crise. Gian Paolo Montali, que acumula o cargo de técnico com o de dirigente de futebol da Juventus, está balançando. Até a Liga dos Clubes Italianos divulgou uma carta criticando o técnico por não se dedicar exclusivamente ao vôlei. Amanhã, a federação tem uma reunião com Montali, e ele pode ser demitido. O mais cotado para assumir a seleção é Daniele Bagnoli, técnico do Treviso. Na quinta, deverá sair a relação dos jogadores para o Mundial. A surpresa pode ser a convocação de Dennis, ex-atacante da seleção de Cuba, que se naturalizou italiano e já pode defender a Itália.

QUE PRESTÍGIO! Trio Maravilha. É dessa maneira que o técnico José Roberto Guimarães e as atacantes Mari e Sheila foram apresentados no Pesaro, clube italiano. Eles só vão começar a trabalhar no time na segunda quinzena de novembro, depois do Campeonato Mundial do Japão.
O RETORNO O atacante Roberto Minuzzi faz contagem regressiva. Quinze meses após a cirurgia para retirar aneurisma da artéria aorta, foi chamado para a seleção de novos e se apresenta no dia 25 em Saquarema.

BELO COMEÇO O Macerata, atual campeão italiano, começou a temporada já ganhando título. O time, do central brasileiro Rodrigão, foi o campeão da Supercopa ao vencer o Cuneo, do atacante Giba, por 3 sets a 1.


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