São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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Recursos aumentam quase 150%, e Brasil obtém melhor campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil realizou sua melhor campanha na história da Paraolímpiada embalado por um volume inédito de recursos.
Além do primeiro ciclo paraolímpico completo com verbas da Lei Piva, o Comitê Paraolímpico Brasileiro contou com o patrocínio da Caixa Econômica Federal para se preparar para Pequim-2008.
Com recorde de atletas (188 contra 89 de Atenas-04), o Brasil terminou os Jogos chineses em nono lugar no quadro de medalhas, com 47 pódios (16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes).
Em relação a Atenas-2004, até então a melhor participação brasileira na competição, houve uma melhora na quantidade de ouros (16 contra 14) e de medalhas (47 contra 33).
A distribuição de pódios também foi mais pulverizada. Em Atenas, o Brasil conquistou suas medalhas em cinco modalidades: atletismo, futebol de 5, futebol de 7, judô e natação.
Em Pequim, o país subiu ao pódio em natação, atletismo, judô, bocha, hipismo, remo, tênis de mesa e futebol de 5.
"Nossa previsão era terminar entre os dez melhores", afirmou o gerente de marketing esportivo da Caixa, André Lopes. "Ao ficarmos em nono, na frente da Espanha, conseguimos um resultado histórico."
Para 2004, o CPB contou com cerca de R$ 22 milhões de repasse da Lei Piva mais R$ 1 milhão da Caixa, cujo contrato teve início naquele ano.
O volume investido para a Paraolimpíada de Pequim subiu para cerca de R$ 57 milhões (R$ 44,8 milhões da Lei Piva e R$ 12 milhões do patrocínio) até junho do ano passado. Com esse dinheiro, foi montado um programa de alto rendimento, com 16 atletas e três guias.
Mesmo com o aumento de recursos, o CPB não conseguiu manter o prêmio medalha, bônus mensal que existiu no ciclo anterior para aqueles que foram ao pódio em Sydney-2000.
"Por mais esforços que o CPB tenha feito, não apareceu nenhum patrocinador disposto a financiar o referido prêmio", afirmou o presidente da entidade, Vital Severino Neto, em declaração oficial.


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