São Paulo, sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasileiros top 100 desafiam tarimba por elite do tênis

Sozinho, equatoriano Nicolas Lapentti jogou 61 partidas pela Copa Davis, bem mais do que os 4 brasileiros juntos

Marcos Daniel abre às 16h, diante de Giovanni Lapentti, confronto que pode colocar país no Grupo Mundial pela primeira vez desde 2003

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Fora da elite do tênis desde 2003, o Brasil tem sua melhor chance de voltar a figurar entre os 16 países do chamado Grupo Mundial da Copa Davis.
O Brasil encara o Equador em casa (no Gigantinho, em Porto Alegre), teve o direito de escolher o tipo de quadra (coberta e de saibro) e conta com jogadores mais bem posicionados no ranking mundial.
No último encontro entre os dois países, em 2006, mesmo jogando em Cuenca, o Brasil conseguiu vencer por 4 a 0.
Os quatro jogadores brasileiros escalados para o confronto estão no top 100 -Marcos Daniel (56º) e Thomaz Bellucci (65º), em simples, e Marcelo Melo (34º) e André Sá (38º), em duplas. O melhor equatoriano é o veterano Nicolas Lapentti, que já foi sexto, mas atualmente ocupa só a 144ª posição.
O Brasil ainda levará vantagem física por utilizar seus quatro tenistas nos três dias de competição -no Equador, os irmão Lapentti, Nicolas e Giovanni, jogam simples e duplas.
Apesar disso, o capitão do Brasil, Francisco Costa, afirma que o favoritismo só vale do lado de fora da quadra.
"São 50% de chances para cada lado", afirmou ele.
Os equatorianos apostam na experiência na competição entre países. Lapentti, 33, já disputou 61 partidas pela Davis, muito mais do que os quatro brasileiros somados (37 jogos).
"Nossos jogadores têm muito mais experiência do que os brasileiros. Por isso, acho que vai ser um confronto muito equilibrado", disse o capitão do Equador, Raúl Viver. Número dois do Equador, Giovanni Lapentti (211º) abre o confronto contra Marcos Daniel, às 16h.
Nicolas Lapentti joga contra Thomaz Bellucci na sequência -o brasileiro, que perdeu as duas vezes em que enfrentou o jogador equatoriano, diz estar confiante e preparado.
Se confirmarem o favoritismo, os brasileiros fecham o ciclo mais turbulento do tênis no país. O rebaixamento para a segunda divisão da Copa Davis em 2003 foi o estopim para a maior crise do tênis brasileiro.
Descontentes com a administração da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), os principais tenistas do país boicotaram a Davis, o que resultou na queda à terceira divisão.
Nos últimos três anos, na tentativa de retornar ao grupo de elite do tênis mundial, os brasileiros não tiveram muita chance contra Suécia (1 a 3), Áustria (1 a 4) e Croácia (1 a 4).
A última vez que o Brasil teve condições tão favoráveis na repescagem do Grupo Mundial foi em 1991, quando enfrentou a Índia, em São Paulo, e fez 4 a 1.


NA TV - Brasil x Equador
Sportv, ao vivo, às 16h




Texto Anterior: Xico Sá: Os Decepcionaldinhos
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.