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Brasileiros top 100 desafiam tarimba por elite do tênis
Sozinho, equatoriano Nicolas Lapentti jogou 61 partidas pela Copa Davis, bem mais do que os 4 brasileiros juntos
Marcos Daniel abre às 16h, diante de Giovanni Lapentti, confronto que pode colocar país no Grupo Mundial pela primeira vez desde 2003
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Fora da elite do tênis desde
2003, o Brasil tem sua melhor
chance de voltar a figurar entre
os 16 países do chamado Grupo
Mundial da Copa Davis.
O Brasil encara o Equador
em casa (no Gigantinho, em
Porto Alegre), teve o direito de
escolher o tipo de quadra (coberta e de saibro) e conta com
jogadores mais bem posicionados no ranking mundial.
No último encontro entre os
dois países, em 2006, mesmo
jogando em Cuenca, o Brasil
conseguiu vencer por 4 a 0.
Os quatro jogadores brasileiros escalados para o confronto
estão no top 100 -Marcos Daniel (56º) e Thomaz Bellucci
(65º), em simples, e Marcelo
Melo (34º) e André Sá (38º), em
duplas. O melhor equatoriano é
o veterano Nicolas Lapentti,
que já foi sexto, mas atualmente ocupa só a 144ª posição.
O Brasil ainda levará vantagem física por utilizar seus quatro tenistas nos três dias de
competição -no Equador, os
irmão Lapentti, Nicolas e Giovanni, jogam simples e duplas.
Apesar disso, o capitão do
Brasil, Francisco Costa, afirma
que o favoritismo só vale do lado de fora da quadra.
"São 50% de chances para cada lado", afirmou ele.
Os equatorianos apostam na
experiência na competição entre países. Lapentti, 33, já disputou 61 partidas pela Davis,
muito mais do que os quatro
brasileiros somados (37 jogos).
"Nossos jogadores têm muito
mais experiência do que os brasileiros. Por isso, acho que vai
ser um confronto muito equilibrado", disse o capitão do
Equador, Raúl Viver. Número
dois do Equador, Giovanni Lapentti (211º) abre o confronto
contra Marcos Daniel, às 16h.
Nicolas Lapentti joga contra
Thomaz Bellucci na sequência
-o brasileiro, que perdeu as
duas vezes em que enfrentou o
jogador equatoriano, diz estar
confiante e preparado.
Se confirmarem o favoritismo, os brasileiros fecham o ciclo mais turbulento do tênis no
país. O rebaixamento para a segunda divisão da Copa Davis
em 2003 foi o estopim para a
maior crise do tênis brasileiro.
Descontentes com a administração da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), os
principais tenistas do país boicotaram a Davis, o que resultou
na queda à terceira divisão.
Nos últimos três anos, na
tentativa de retornar ao grupo
de elite do tênis mundial, os
brasileiros não tiveram muita
chance contra Suécia (1 a 3),
Áustria (1 a 4) e Croácia (1 a 4).
A última vez que o Brasil teve
condições tão favoráveis na repescagem do Grupo Mundial
foi em 1991, quando enfrentou
a Índia, em São Paulo, e fez 4 a 1.
NA TV - Brasil x Equador
Sportv, ao vivo, às 16h
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