São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Alucinante

Com voracidade no ataque, São Paulo e Santos marcam 5 gols em 20 minutos e só decidem o vencedor do clássico no último lance

Eduardo Knapp/Folhapress
São-paulinos comemoram segundo gol de Dagoberto

São Paulo 4
Dagoberto, aos 6min e 16min, e Pará (contra), aos 18min do 1º tempo; Jean, aos 48min do 2º tempo

Santos 3
Alan Patrick, aos 3min, e Zé Love, aos 20min do 1º tempo; Neymar, aos 26min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

Em 20 minutos de partida, cinco gols. A atitude ofensiva do São Paulo, namorando agora com o ataque, e a vocação artilheira do Santos, casado com o futebol vistoso, proporcionou ontem um clássico dos mais agradáveis.
O visitante, em bela jogada coletiva, foi o primeiro a marcar. Neymar serviu Zé Love, que bateu forte. Rogério soltou a bola para o meio da área, e Alan Patrick tocou com tranquilidade: 1 a 0.
Antes desse tento, logo no terceiro minuto, Ricardo Oliveira já havia arriscado chute de fora da área. Só durou três minutos a vantagem santista no Morumbi. Após bela jogada de Miranda, um zagueiro, na área adversária, Ricardo Oliveira escorou cruzamento, e Dagoberto, ganhou de cabeça, para empatar.
Muito mais disposto do que na maioria de suas jornadas com a camisa são-paulina, Dagoberto virou a partida também de cabeça, após cruzamento de Ricardo Oliveira.
Quando o Santos tentava assimilar a virada, levou o terceiro. Num lançamento de Richarlyson, Dagoberto foi para cima da defesa, superou a marcação e, quando preparou a finalização, Pará interceptou a bola e a mandou para as próprias redes.
Enquanto a torcida são-paulina festejava uma vitória em alta velocidade, Pará se redimiu, driblou Richarlyson e cruzou na medida para Zé Love diminuir: 3 a 2. Estava mesmo difícil para a torcida ficar sentada no Morumbi.
"A proposta dos dois times é a razão para tantos gols. Precisamos ter mais consistência defensiva", disse o são-paulino Ricardo Oliveira.
"A gente sabia que ia ser assim. Sabíamos que eles viriam com quatro atacantes", falou o santista Edu Dracena.
Com um sistema 4-2-3-1, o São Paulo tinha quatro jogadores adiantados e ameaçava o rival com velocidade e movimentação. Mas perdia o meio-campo para o Santos, que ficava mais com a bola e criava mais chances de gol.
Por causa desse domínio santista, Paulo César Carpegiani mudou seu esquema para o segundo tempo, com o zagueiro Renato Silva na vaga de Lucas. O Santos, que no próximo domingo recebe o Prudente, ficou mais perigoso. E teve mais espaços ainda na segunda etapa, depois da expulsão de Richarlyson.
O lateral esquerdo são- -paulino havia levado o primeiro amarelo por reclamação. O segundo veio em falta dura no atacante Zé Love. O empate parecia, então, uma mera questão de tempo.
Fechado com a entrada de Diogo na lateral esquerda, o São Paulo tentou em vão segurar a vitória. Neymar invadiu a área e, numa disputa com o zagueiro Alex Silva, foi para o chão. O árbitro Sandro Meira Ricci marcou o pênalti, que o próprio Neymar converteu, em bela cobrança.
Mesmo com um homem a menos, o São Paulo, que no domingo que vem visita o Ceará, partiu para cima e garantiu um final de jogo eletrizante. Jean ficou duas vezes na cara do gol. Na primeira, chutou feio para fora. Na segunda, obrigou Rafael a realizar a grande defesa, e a bola ainda bateu na trave esquerda do goleiro santista.
Danilo, nos acréscimos, obrigou Rogério a fazer um milagre. E, segundos depois, Rafael fez outro em cabeçada de Ricardo Oliveira, só que a bola sobrou para Jean definir de cabeça o jogo alucinante.

ANTES
Santos e São Paulo se lançam ao ataque, e o clássico tem cinco gols em 20 minutos de jogo

DURANTE
Richarlyson é expulso e Alex Silva faz pênalti em Neymar, que empata o jogo em 3 a 3

DEPOIS
Com um a menos, o São Paulo vai para cima. Jean perde dois gols, mas, após rebote de Rafael, define o placar


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