São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Fifa investiga suspeita de corrupção

COPA-18
Jornal denuncia a venda de votos em eleição de país-sede


DE SÃO PAULO

A Fifa abriu ontem investigação para apurar denúncias de venda de votos de membros de seu Comitê Executivo na eleição que definirá a sede da Copa do Mundo de 2018.
A denúncia partiu do jornal inglês "The Sunday Times". O jornal filmou uma reunião entre dois de seus repórteres, que se passaram por lobistas de um consórcio de empresas americanas interessadas em levar o torneio para os EUA, e o nigeriano Amos Adamu, membro do conselho executivo da Fifa.
No vídeo, Adamu, que é presidente da União de Futebol do Oeste da África, pede 570 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) para investir em "um projeto pessoal" de construção de campos de futebol artificiais em seu país em troca de apoio à candidatura americana. O procedimento é contra as regras da Fifa.
Ainda de acordo com a reportagem, o taitiano Reynald Temarii, vice-presidente da Fifa e presidente da Confederação da Oceania, pediu 1,6 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões) para uma academia esportiva. O dirigente afirmou que dois candidatos à sede do Mundial-2018 já haviam oferecido dinheiro em troca de seu voto.
A Fifa definirá em 2 de dezembro o país-sede da Copa de 2018. Entre os candidatos estão Inglaterra, Rússia, Bélgica/Holanda e Espanha/ Portugal. Os EUA retiraram a candidatura para 2018 na última sexta, afirmando que concorreriam ao Mundial de 2022 contra Japão, Qatar, Austrália e Coreia do Sul.
"Eu sinto ter que informar sobre uma situação muito desagradável, vinculada a um artigo publicado pelo "Sunday Times", intitulado "Copa do Mundo: votos à venda", escreveu o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em carta aberta aos membros do Comitê Executivo publicada no site da federação.
Blatter acrescentou que o artigo provocou um "impacto muito negativo na Fifa e sobre o processo de candidatura dos Mundiais de 2018 e 2022". O presidente da Fifa ainda solicitou aos membros do comitê que evitem comentários públicos sobre o caso.
Depois da publicação da reportagem, a Fifa divulgou um comunicado informando ter pedido ao jornal mais informações para investigar o caso e reiterou que monitora cuidadosamente o processo de candidatura para as Copas de 2018 e 2022.


Com as agências de notícias


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