São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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Corinthians empata, mas celebra com leitão e cerveja queda de rival

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians só empatou em 1 a 1 ontem no Pacaembu, manteve a terceira posição na tabela e assegurou a vantagem nas quartas-de-final do Brasileiro contra o Atlético-MG. A festa da torcida, porém, parecia de título. Com faixas e gritos de guerra, os mais de 10 mil corintianos cantaram e festejaram o rebaixamento do rival Palmeiras para a segunda divisão.
Quando o Vitória fez 3 a 2 em Salvador, a Gaviões da Fiel, maior organizada corintiana, estendeu uma bandeira dizendo: "Amanhã é segundona. Chupa Porco!".
Mesmo após o fim do jogo no Pacaembu, os torcedores ficaram no estádio para aguardar o anúncio de que o Palmeiras estava, de fato, rebaixado. A festa que começou no Pacaembu tinha endereço para continuar: primeiro, na avenida Paulista. E, depois, a quadra da torcida, que comprou cerveja e assaria leitões para celebrar o vexame alviverde.
Enquanto seus torcedores comemoravam, os jogadores mostravam a mesma apatia das últimas duas partidas, contra o Botafogo e o Bahia. Muito toque de bola, pouca objetividade no ataque.
Parreira nem reclamou. Antes mesmo do jogo, o técnico disse que a temperatura atrapalharia o rendimento de sua equipe, que já estava preocupada com os mata-matas finais do Nacional: "Não dá para jogar às 15h e pedir para o time correr. Ninguém aguenta".
Em campo, os jogadores, tentavam tabelinhas, mas as finalizações pouco perigo levavam ao goleiro Fábio, que viu seus companheiros vascaínos criarem as melhores chances. Segundo o Datafolha, o Corinthians só acertou um dos sete chutes a gol -o gol de Guilherme, no segundo tempo.
O Corinthians ainda teve a seu favor a anulação do gol do vascaíno Ramon, no primeiro tempo.
No 3-5-2, o Vasco comandou as ações no meio, onde o Corinthians só tinha três no primeiro tempo. O ala Siston levava vantagem em quase todas as jogadas pela direita da zaga corintiana.
Guilherme e Deivid cabecearam, chutaram para fora e reclamavam da ineficiência dos meias corintianos, principalmente de Renato, que errou muitos passes.
Doni tomou o primeiro "susto" aos 15min, quando Petkovic alçou bola na área e Ramon cabeceou por cima do travessão.
Fábio fez a sua primeira e única defesa do jogo nove minutos depois. Deivid, Guilherme e Renato fizeram boa triangulação, o meia chutou no canto, mas o vascaíno defendeu sem dificuldade.
No minuto seguinte, o Vasco desceu em rápido contra-ataque, e Ramon, bem colocado na área, tocou na saída de Doni. O gol vascaíno foi anulado pelo juiz, que marcou indevidamente impedimento. Aos 42min, Doni fez a segunda das suas seis defesas do jogo. Após Gil perder a bola, Russo avançou pela lateral do campo, invadiu a área e chutou forte.
No intervalo, Parreira tirou Gil e pôs Marcinho. O panorama da partida pouco mudou. O Corinthians consegui, entretanto, conter os avanços dos alas vascaínos.
Aos 19min, Parreira tirou Deivid e Renato e colocou Leandro e Juliano. O gol saiu um minuto depois, na mais treinada jogada do Corinthians. Kléber cruzou da esquerda, e Guilherme, de pé direito, venceu Fábio. Os vascaínos reclamaram impedimento.
O Corinthians parou, e o Vasco melhorou. Ramon (de falta) e Marcelo quase marcaram. Mas o gol de empate saiu de pênalti, após Anderson tocar o braço na bola. Ramon cobrou e fez.



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