São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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Franzino, atleta do Real evita engorda européia

Robinho ganha apenas três quilos desde que trocou o Santos pela Espanha

Time de Madri quer que o brasileiro aumente mais a sua massa muscular, mas comissão técnica da seleção prefere mantê-lo como está

DO ENVIADO A LIMA
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS

A resistência de Robinho com a camisa da seleção brasileira é um tapa na cara para quem acha que jogador de futebol atual não pode ser franzino.
O atacante foge do padrão de outros astros que ganharam massa e peso ao irem para a Europa. Como efeito colateral, sobraram contusões. O milanista Ronaldo é exemplo clássico.
Desde que chegou ao Real Madrid, há mais de dois anos, Robinho ganhou só três quilos (passou de 60 kg para 63 kg, distribuídos por 1,72 m).
Esse aumento de peso ocorreu por conta do programa feito para o jogador, que consiste de muita musculação -ele passa até mais tempo na academia do que no gramado- e uma dieta quase toda à base de carboidratos, com muita massa.
A Folha apurou que o clube espanhol lamenta que o ex-santista, enfim em grande fase na equipe, não ganhe peso e músculos em ritmo mais rápido. Essa opinião não é compartilhada por Paulo Paixão, preparador físico da seleção.
"Ele está forte, e o seu nível de massa muscular já é alto. Por isto, não vejo preocupação em colocar massa nele. O que importa é o atleta ter potência, resistência e força muscular."
Paixão vai assim na contramão de muita gente que passou pelo comando do Real Madrid.
Vanderlei Luxemburgo foi o primeiro a querer inflar seus músculos. Fabio Capello era mais radical. Com ele, Robinho foi irregular. A pouca massa que ganhou no período ficou concentrada mais nos braços.
O alemão Bernd Schuster, atual técnico, é mais maleável. "Ele está numa ótima fase. Precisamos deixá-lo feliz", afirmou ele, preferindo trabalhar mais a cabeça de Robinho.
Dunga exalta o fato de o atacante estar sempre disponível. "A situação do Robinho mostra o espírito que está se criando na seleção brasileira. O episódio da Copa América mostrou isso", afirmou o treinador, referindo-se ao fato de ele ter aceitado disputar o torneio.0 (PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)

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