São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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Em Lima, Robinho, 23, celebra sua precocidade

Atacante tem recorde de regularidade ao jogar 85% dos jogos desde a estréia

Contra o Peru, hoje, pelas eliminatórias, atleta do Real faz 46ª partida pelo Brasil, início mais intenso que os de astros como Pelé e Ronaldo

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A LIMA

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

Seu corpo não tem a força e a altura de alguns dos craques atuais. Seu início na Europa foi marcado por altos e baixos. Esses fatores indicariam irregularidade no futebol, especialmente na seleção brasileira.
Mas Robinho, 23, veste a camisa do time nacional em um ritmo jamais visto na quase centenária história da equipe. Marca que se tornará ainda mais sólida no jogo contra o Peru, hoje, às 19h10, em Lima, pelas eliminatórias da Copa-2010.
Até agora, ele já soma 45 jogos (nesses, marcou 15 vezes) desde que estreou na seleção, em setembro de 2004, contra a Bolívia, no Morumbi. Será o mesmo palco do jogo contra o Uruguai, na quarta. Foram apenas 37 meses para atingir os 45 confrontos, um recorde.
Astros do passado e do presente demoraram bem mais do que isso para completar 45 partidas. Pelé, por exemplo, precisou de 82 meses. O atacante Ronaldo tardou 51 meses.
Se mantiver a média de 15 jogos por temporada, Robinho vai acumular cerca de 150 partidas com a camisa do Brasil quanto tiver 30 anos, o que vai fazer ele rivalizar com o lateral-direito Cafu pelo posto de recordista de todos os tempos.
"Jogar na seleção é o maior prazer do mundo. Adoro e não me canso", afirma Robinho, que desde a sua estréia na equipe foi a campo em 85% dos confrontos disputados pelo Brasil.
O atacante esteve em campo nas últimas 15 partidas da seleção. Disputou inclusive a Copa América, preterida por Ronaldinho e Kaká, que preferiram tirar férias no período.
Em 2005, disputou todos os 17 jogos do time, que começou a terceira rodada das eliminatórias em segundo lugar. Após os jogos de ontem, está a cinco pontos da líder Argentina.
E faz planos ambiciosos.
"O mais difícil no futebol é manter a regularidade. Não tem de ser bom apenas em cinco jogos, tem de ser um ano inteiro. Eu estou apresentando meu melhor futebol no Real [Madrid] e espero repeti-lo na seleção. Tenho o sonho de chegar ao prêmio de melhor jogador do mundo e vou correr atrás disso", falou o atacante, sobre a meta de ganhar o prêmio da Fifa já no próximo ano.
Logo após a partida contra o Peru, a seleção volta para casa.


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