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Torcedores e racha político abalam Peru
DO ENVIADO A LIMA
Dentro de campo, o Peru vai mal, mas nada se
compara com a crise por
qual passa o futebol do
país fora dos gramados.
Violência, corrupção e
uma batalha entre governo e cartolas formam um
coquetel explosivo.
Nos dias que antecederam o jogo, a torcida organizada do popular Universidad ameaçou um dos astros do time, o atacante Pizarro, que chamou de "galinhas" os fãs da agremiação, após críticas recebidas na estréia das eliminatórias, ante o Paraguai.
A partida de hoje demorou para ser confirmada
para o estádio Monumental por um fato trágico e
que acabou virando inusitado também.
No jogo contra o Paraguai, um tambor foi arremessado da arquibancada
e atingiu uma torcedora,
que teve traumatismo craniano. O Ministério do Interior peruano queria condicionar a liberação do estádio à apresentação do
autor do arremesso às autoridades. A arena acabou
liberada, mas com 25 mil
ingressos a menos.
Mas o maior inimigo do
governo é a diretoria da federação nacional, que acabou de ser reeleita em um
pleito recheado de acusações de fraudes.
O órgão governamental
que cuida do esporte peruano promete intervir na
federação logo após as
próximas duas rodadas
das eliminatórias. Os dirigentes ameaçam: caso isso
aconteça, a Fifa afastará o
time de competições internacionais.
A disputa entre os dois
lados teve outros capítulos, como a ordem de despejo mandada à federação,
que ocupa um centro de
treinamento estatal. Dentro de campo, o técnico José del Solar ensaia escalar
hoje um time com três atacantes. Além de Pizarro, o
destaque é o ofensivo Farfán, do PSV.
(PC)
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