São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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Torcedores e racha político abalam Peru

DO ENVIADO A LIMA

Dentro de campo, o Peru vai mal, mas nada se compara com a crise por qual passa o futebol do país fora dos gramados.
Violência, corrupção e uma batalha entre governo e cartolas formam um coquetel explosivo.
Nos dias que antecederam o jogo, a torcida organizada do popular Universidad ameaçou um dos astros do time, o atacante Pizarro, que chamou de "galinhas" os fãs da agremiação, após críticas recebidas na estréia das eliminatórias, ante o Paraguai.
A partida de hoje demorou para ser confirmada para o estádio Monumental por um fato trágico e que acabou virando inusitado também.
No jogo contra o Paraguai, um tambor foi arremessado da arquibancada e atingiu uma torcedora, que teve traumatismo craniano. O Ministério do Interior peruano queria condicionar a liberação do estádio à apresentação do autor do arremesso às autoridades. A arena acabou liberada, mas com 25 mil ingressos a menos.
Mas o maior inimigo do governo é a diretoria da federação nacional, que acabou de ser reeleita em um pleito recheado de acusações de fraudes.
O órgão governamental que cuida do esporte peruano promete intervir na federação logo após as próximas duas rodadas das eliminatórias. Os dirigentes ameaçam: caso isso aconteça, a Fifa afastará o time de competições internacionais.
A disputa entre os dois lados teve outros capítulos, como a ordem de despejo mandada à federação, que ocupa um centro de treinamento estatal. Dentro de campo, o técnico José del Solar ensaia escalar hoje um time com três atacantes. Além de Pizarro, o destaque é o ofensivo Farfán, do PSV. (PC)


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