São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Muricy vê "o bom, o mau e o feio" no Morumbi

Dagoberto, Hugo e Jadílson ainda devem futebol

JULYANA TRAVAGLIA
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"O bom, o mau e o feio" é o nome em inglês de um faroeste clássico do italiano Sergio Leone, traduzido no Brasil como "Três Homens em Conflito".
Mas também serve para sintetizar a situação de três jogadores que chegaram ao São Paulo no início da temporada e, em diferentes níveis, saíram devendo melhores atuações: Dagoberto, Hugo e Jadílson.
O trio chegou com amplo cartaz a Muricy Ramalho e teve seqüência de partidas. O treinador não fala individualmente de jogadores, mas é fato que ele não ficou satisfeito.
Desses, Dagoberto, sem dúvida, é o "bom", já que foi o único que acabou o ano como titular.
Contratação mais cara desta edição do Campeonato Brasileiro -custou R$ 5,4 milhões ao São Paulo-, o atacante ainda não justificou o investimento. Seu estilo de jogo agrada aos olhos do técnico, a ponto de o treinador declarar que se vê no atacante, com a ressalva: "Ele é muito melhor do que eu era".
Embora afirme estar adaptado e feliz no Morumbi, Dagoberto ainda está longe de apresentar o futebol que exibiu nos tempos de Atlético-PR.
No Brasileiro-07, o jogador marcou sete gols em 28 jogos e tem ainda mais duas partidas pela frente. Em 2004, quando as contusões não o perseguiram no Nacional pelo Atlético-PR, jogou 30 jogos e fez 12 gols.
Os dois anos às voltas com lesões de joelho justificaram a paciência do treinador com ele. Mas o próprio jogador reconhece que não deu seu melhor.
Se o "bom" é Dagoberto, o "mau" foi Hugo. Jogou 46 jogos na temporada, sinal de que Muricy confiava nele, mas teve de cessar seus trabalhos devido a um ato impensado: a cusparada em Goiano, que lhe rendeu quatro meses de gancho nos torneios nacionais. Virou vilão.
Confinado à Copa Sul-Americana, abandonou melancolicamente os jogos oficiais da temporada em 24 de outubro, quando o São Paulo perdeu por 2 a 0 para o Millonarios (COL). De lá para cá, só treina.
Como ainda lhe restam dois anos de contrato, pode ter a chance de voltar a satisfazer o técnico em 2008, mas também pode ser negociado caso apareça uma boa proposta. O Grêmio já demonstrou interesse.
O "feio", por sua vez, é Jadílson. Também com contrato até o fim de 2009, o lateral-esquerdo simplesmente foi escondido na temporada após escorregar no pior momento do São Paulo: as eliminações sucessivas no Paulista e na Libertadores, quando ainda era o titular.
Relegado à reserva já na estréia do Brasileiro, contra o Goiás, viu Jorge Wagner brilhar. Quando o substituto foi transferido para o meio, viu o reserva Júnior ganhar a vaga de ala. O time já jogou duas partidas como campeão, e, nessa fase de testes para 2008, ele até agora não teve chance de atuar.
A não ser que o clube perca Jorge Wagner ou Júnior, Jadílson é, desses "três homens em conflito", o com menos chances de emplacar em 2008.


Texto Anterior: Apertando os cintos: Cloro de piscina mais barato poupa R$ 45 mil
Próximo Texto: Na surdina, meia garante seu espaço
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.