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Muricy vê "o bom, o mau e o feio" no Morumbi
Dagoberto, Hugo e Jadílson ainda devem futebol
JULYANA TRAVAGLIA
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
"O bom, o mau e o feio" é o
nome em inglês de um faroeste
clássico do italiano Sergio Leone, traduzido no Brasil como
"Três Homens em Conflito".
Mas também serve para sintetizar a situação de três jogadores que chegaram ao São
Paulo no início da temporada e,
em diferentes níveis, saíram
devendo melhores atuações:
Dagoberto, Hugo e Jadílson.
O trio chegou com amplo cartaz a Muricy Ramalho e teve seqüência de partidas. O treinador não fala individualmente
de jogadores, mas é fato que ele
não ficou satisfeito.
Desses, Dagoberto, sem dúvida, é o "bom", já que foi o único
que acabou o ano como titular.
Contratação mais cara desta
edição do Campeonato Brasileiro -custou R$ 5,4 milhões
ao São Paulo-, o atacante ainda não justificou o investimento. Seu estilo de jogo agrada aos
olhos do técnico, a ponto de o
treinador declarar que se vê no
atacante, com a ressalva: "Ele é
muito melhor do que eu era".
Embora afirme estar adaptado e feliz no Morumbi, Dagoberto ainda está longe de apresentar o futebol que exibiu nos
tempos de Atlético-PR.
No Brasileiro-07, o jogador
marcou sete gols em 28 jogos e
tem ainda mais duas partidas
pela frente. Em 2004, quando
as contusões não o perseguiram no Nacional pelo Atlético-PR, jogou 30 jogos e fez 12 gols.
Os dois anos às voltas com lesões de joelho justificaram a
paciência do treinador com ele.
Mas o próprio jogador reconhece que não deu seu melhor.
Se o "bom" é Dagoberto, o
"mau" foi Hugo. Jogou 46 jogos
na temporada, sinal de que Muricy confiava nele, mas teve de
cessar seus trabalhos devido a
um ato impensado: a cusparada
em Goiano, que lhe rendeu
quatro meses de gancho nos
torneios nacionais. Virou vilão.
Confinado à Copa Sul-Americana, abandonou melancolicamente os jogos oficiais da
temporada em 24 de outubro,
quando o São Paulo perdeu por
2 a 0 para o Millonarios (COL).
De lá para cá, só treina.
Como ainda lhe restam dois
anos de contrato, pode ter a
chance de voltar a satisfazer o
técnico em 2008, mas também
pode ser negociado caso apareça uma boa proposta. O Grêmio
já demonstrou interesse.
O "feio", por sua vez, é Jadílson. Também com contrato até
o fim de 2009, o lateral-esquerdo simplesmente foi escondido
na temporada após escorregar
no pior momento do São Paulo:
as eliminações sucessivas no
Paulista e na Libertadores,
quando ainda era o titular.
Relegado à reserva já na estréia do Brasileiro, contra o
Goiás, viu Jorge Wagner brilhar. Quando o substituto foi
transferido para o meio, viu o
reserva Júnior ganhar a vaga de
ala. O time já jogou duas partidas como campeão, e, nessa fase de testes para 2008, ele até
agora não teve chance de atuar.
A não ser que o clube perca
Jorge Wagner ou Júnior, Jadílson é, desses "três homens em
conflito", o com menos chances
de emplacar em 2008.
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