São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

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"Mago" dos EUA aponta Escadinha como destaque

DA REPORTAGEM LOCAL

Dante foi eleito o mais eficiente atacante do Mundial de vôlei deste ano. Giba, o melhor jogador. Ricardinho é apontado como grande responsável pelo sucesso da seleção.
Mas, para um técnico que ganhou o apelido de "mago" pelo brilhante trabalho realizado com os EUA nos anos 80, o Brasil tem, além dos todos citados acima, outro segredo, menos badalado, mas fundamental.
Doug Beal, hoje cartola da Federação Norte-Americana de Vôlei, tece elogios a Escadinha, o líbero brasileiro.
"Ele trouxe mais elementos à sua posição. Tem uma combinação de recepção, defesa, emoção e uma habilidade alternativa como levantador que nenhum outro líbero tem", diz.
O ex-treinador não pôde assistir aos jogos do Mundial do Japão -não houve transmissão pela TV nos EUA-, mas acompanhou a maioria pela internet.
Beal festeja o surgimento de novas forças, como França, Bulgária e Polônia, e torce pela recuperação de sua equipe, que já foi a melhor do mundo.
"Espero que Rússia, Itália e EUA se recuperem. Se isso acontecer, teremos um nível excelente nos campeonatos."
O nível atual, no entanto, já o espanta. Segundo Beal, manter o domínio do esporte nos anos 80 era muito mais fácil.
"Em alguns aspectos, acho que o Brasil tem o mais impressionante aproveitamento de todos os tempos por causa da nova pontuação [sem a vantagem], da dificuldade em se manter no topo com as regras atuais e do surgimento de novas equipes", analisa.
O treinador não acredita que a seleção esteja fazendo revolução no vôlei mas sim criando e ditando o modo de jogar neste século, com a velocidade como principal pilar. (ML)


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