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"Mago" dos EUA aponta Escadinha como destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
Dante foi eleito o mais eficiente atacante do Mundial de
vôlei deste ano. Giba, o melhor
jogador. Ricardinho é apontado
como grande responsável pelo
sucesso da seleção.
Mas, para um técnico que ganhou o apelido de "mago" pelo
brilhante trabalho realizado
com os EUA nos anos 80, o Brasil tem, além dos todos citados
acima, outro segredo, menos
badalado, mas fundamental.
Doug Beal, hoje cartola da
Federação Norte-Americana
de Vôlei, tece elogios a Escadinha, o líbero brasileiro.
"Ele trouxe mais elementos à
sua posição. Tem uma combinação de recepção, defesa,
emoção e uma habilidade alternativa como levantador que nenhum outro líbero tem", diz.
O ex-treinador não pôde assistir aos jogos do Mundial do
Japão -não houve transmissão
pela TV nos EUA-, mas acompanhou a maioria pela internet.
Beal festeja o surgimento de
novas forças, como França,
Bulgária e Polônia, e torce pela
recuperação de sua equipe, que
já foi a melhor do mundo.
"Espero que Rússia, Itália e
EUA se recuperem. Se isso
acontecer, teremos um nível
excelente nos campeonatos."
O nível atual, no entanto, já o
espanta. Segundo Beal, manter
o domínio do esporte nos anos
80 era muito mais fácil.
"Em alguns aspectos, acho
que o Brasil tem o mais impressionante aproveitamento de
todos os tempos por causa da
nova pontuação [sem a vantagem], da dificuldade em se
manter no topo com as regras
atuais e do surgimento de novas equipes", analisa.
O treinador não acredita que
a seleção esteja fazendo revolução no vôlei mas sim criando e
ditando o modo de jogar neste
século, com a velocidade como
principal pilar.
(ML)
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