MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Após um empate e uma vitória, o Santos encara hoje, às 20h30, o Paulista, em Jundiaí. Mas não está 100%, pelo menos no entrosamento entre os jogadores.
Segundo o técnico Vanderlei Luxemburgo, a comissão técnica continua tendo que antecipar etapas para criar uma base mais sólida. "Temos que acelerar o trabalho, para que os jogadores se entrosem não só no aspecto do futebol mas no próprio relacionamento de grupo, algo tão importante quanto jogar futebol", disse.
Ontem, ele não quis comentar o desempenho de sua defesa nas duas primeiras partidas do Estadual. "Não quero falar por setor. A defesa tem se saído melhor, talvez pelo próprio posicionamento do Maldonado e do Fabinho."
Segundo Luxemburgo, a evolução entre o primeiro jogo, contra o São Bento, e o segundo, diante do Mogi Mirim, foi visível. "Na segunda rodada, os jogadores sabiam para onde ir, que espaço deveriam ocupar no gramado."
Para o volante Maldonado, a equipe será mais consistente quando todos os atletas estiverem à disposição de Luxemburgo. "Alguns estão fazendo condicionamento físico, como o Reinaldo, o Tabata e o Cléber. Quando o técnico puder contar com todos, o time ganhará a cara dele."
O goleiro Fábio Costa concorda com o treinador e disse acreditar que o time do Santos tem superado as dificuldades impostas pelo pouco tempo da pré-temporada e também pelo condicionamento físico desigual entre os atletas.
"O Santos começou bem o campeonato, apesar de tudo aquilo que todo mundo reclama. Aos poucos, o time está se acertando. A tendência é que, a cada partida, os atletas se entrosem mais e conheçam melhor uns aos outros."
Depois de jogar duas partidas e voltar a defender o Santos na Vila Belmiro, o goleiro disse que espera que seu relacionamento com a torcida volte a ser como antes. "Aos poucos, as feridas que foram abertas com a minha saída vão estar curadas. Acho que o respeito não sumiu. De repente, se perdeu por um momento, mas nada que, com o tempo, não vá sumir."
Sobre o rival, Luxemburgo disse apenas que tem algumas fitas gravadas, sem entrar em detalhes.
Mas ele terá páreo duro se depender do retrospecto do Paulista, em casa, ante os grandes do Estado: a última derrota foi em 2003, quando caiu diante do Palmeiras (2 a 1) pelo Brasileiro da Série B.
Contra o Santos, o histórico recente é ainda melhor. O time do litoral foi goleado por 4 a 0, em 25 de fevereiro de 2004. Foi o único entre os grandes que não obteve ponto no Jaime Cintra. "Jogar aqui não tem sido tarefa fácil para ninguém. É a nossa casa. Temos de impor nosso futebol", disse o técnico Vágner Mancini, que está no comando do time há 20 meses.
Em relação à derrota por 2 a 1 para o Rio Branco, a novidade deve ser a escalação do meia Luiz Fernando. Mancini, porém, só divulgará o time pouco antes do jogo, que marca a reabertura do estádio para a torcida. Na rodada inicial, os portões foram fechados por falta de alvará dos bombeiros.