São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2008

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Espanhol dirige Brasil em seletiva olímpica

Moncho Monsalve é anunciado e deseja contar com Nenê na seleção de basquete

Hérnia de disco adia anúncio de novo treinador, que afirma ter elenco para ir à Olimpíada e realizar "sonho" ao dirigir os brasileiros


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma hérnia de disco adiou o anúncio do novo técnico da seleção masculina de basquete.
Ontem, a confederação divulgou que o espanhol Juan Manuel Monsalve Fernandez, o Moncho, 63, irá dirigir a equipe no Pré-Olímpico Mundial. O torneio vai de 14 a 20 de julho, em Atenas, na Grécia, e classifica três equipes aos Jogos de Pequim, no mês seguinte.
"Conversava com o Grego [Gerasime Bozikis, presidente da CBB] desde agosto. Mas não quis me comprometer. O médico só me liberou há 15 dias", disse à Folha Moncho, por telefone, de Murcia, onde reside.
Nesse período, a CBB procurou outro espanhol, Manel Comes Hortet, hoje no Sevilla.
"É um sonho e uma grande oportunidade. O país tem ótimos jogadores", falou ele, que vem ao Brasil após o Carnaval.
Moncho estava no gabinete técnico da federação espanhola, dando palestras para treinadores. Iniciou a carreira de técnico em 1972 e já dirigiu países de pouca expressão, como República Dominicana, Tunísia e Suíça, além da seleção B da Espanha e do sub-21 de Marrocos. Foi técnico de Oscar no Valladolid, em 1978, e de Marcelinho, no Cantabria Lobos.
"Venho acompanhando os brasileiros na Europa e na NBA. O Brasil tem toda a condição de conseguir vaga olímpica", disse ele, ressaltando que o resto da comissão técnica será formado só por brasileiros.
"Ainda não conversei com os técnicos daí. Mas o Brasil tem grandes nomes", declarou ele, que mantém contato com Lula, treinador que deixou o comando do Brasil após fracassar no Pré-Olímpico de Las Vegas-07.
Para a seleção, Moncho destaca os atletas que atuam na Espanha. "O Marcelinho Huertas está fazendo excelente temporada, e seu time [Bilbao] é a revelação do campeonato."
Ele espera contar com os principais nomes do país, incluindo Nenê, para a seletiva olímpica. "Felizmente o tumor dele é benigno. Estarei em contato com o Denver para saber da situação", disse, referindo-se ao atleta, que teve extraído tumor no testículo na segunda.
Moncho conheceu o treinador de Nenê no Denver, George Karl, quando o norte-americano dirigiu o Real Madrid nos anos 80. Também já teve contato com Mike D'Antoni, técnico do Phoenix de Leandrinho, quando ele atuava na Europa.
"Vou conversar com eles sobre os brasileiros. Não conheço o Mike Brown [técnico do Cleveland, de Anderson Varejão], mas também falarei com ele."
Moncho credita os maus resultados da seleção nos últimos anos a falhas nos momentos decisivos. O país não foi às duas últimas Olimpíadas e acabou eliminado na primeira fase no Mundial do Japão, em 2006.
"Pretendo implantar três idéias no grupo: respeito, generosidade e autoconfiança."


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