ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

O atacante do Atlético-MG Guilherme de Cássio Alves, 28, foi denunciado à Justiça anteontem por homicídio culposo (sem intenção), lesão corporal culposa e falsidade ideológica pelo promotor José Bento Guimarães, da 2ª Vara Criminal de Marília (SP).
Em outubro do ano passado, quando ainda atuava pelo Corinthians, o jogador se envolveu em um acidente de carro na cidade no qual morreram duas pessoas.
A denúncia foi feita com base no inquérito da Polícia Civil, conduzido pelo delegado Wilson Carlos Frazão. O delegado concluiu que Guilherme "deu causa ao evento."
O acidente aconteceu às 5h20 do dia 5 de outubro, no km 334 da rodovia Miguel Jubran (SP-333), que liga Marília a Assis. O jogador, que dirigia um BMW, estava com três amigos e quatro garotas, que trabalhavam em um bar onde eles haviam estado.
De acordo com o delegado, o acidente aconteceu quando Guilherme ultrapassava um caminhão. O BMW colidiu com um Escort em sentido contrário.
O motorista do Escort, Marcelo Aparecido de Souza, 31, e sua sogra, Maria Benedita Fossal, 70, morreram na hora. A mulher de Souza, Rosilene, 31, que viajava no banco da frente, ficou gravemente ferida.
Não foi feito exame toxicológico em Guilherme porque, após o acidente, ele apontou o seu amigo Fabiano Travain Pardo, 26, como condutor do veículo -motivo pelo qual ele foi denunciado por falsidade ideológica. De acordo com o delegado, Guilherme admitiu ter bebido "uma ou duas doses de uísque" durante a noite.
Para cada homicídio, Guilherme pode pegar até quatro anos de detenção; para cada lesão corporal, até dois anos; pela falsidade ideológica, até cinco anos. Se for condenado, pode conseguir cumprir a pena em regime semi-aberto por ser réu primário.
O processo foi distribuído para a 2ª Vara Criminal de Marília. O juiz que recebê-lo irá determinar se aceita ou não a denúncia.
A Agência Folha não conseguiu entrar em contato com o jogador nem com o seu advogado.


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