DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Alberto Parreira diz que não quer misturar política com futebol. Mas seus chefes na CBF já fazem isso há muito tempo. Tanto na conquista do tetra quanto na do penta, a entidade levou a seleção nacional para "comemorar" o título em Brasília com o presidente da época em anos eleitorais.
Em 1994, Itamar Franco recepcionou Parreira e seus comandados. Meses depois, Fernando Henrique Cardoso, seu candidato, venceu a eleição presidencial. Oito anos depois, foi a vez de FHC receber os pentas na capital do país, em evento que terminou com Vampeta rolando abaixo a rampa do Palácio do Planalto.
Só que dessa vez o time nacional não ajudou. José Serra, candidato apoiado por FHC, perdeu a eleição para Lula. Com o governo petista, aliás, a CBF tem relacionamento bastante cordial.
Em outras ocasiões, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, também colocou a seleção para ajudar políticos amigos.
Pouco antes das eleições de 2002, o então novato Kaká foi escalado para entregar ao candidato Ciro Gomes uma camisa do time com o 23 às costas, o número usado pelo jogador na Copa da Coréia e do Japão e que também era o número do candidato do PPS. (PC)


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