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Durante o Paulista-03, Corinthians perdeu só três titulares por indisciplina, metade do São Paulo
Nervos distinguem os finalistas
Ormuzd Alves/Folha Imagem
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O volante Fábio Simplício e o meia Ricardinho, que já foram suspensos neste Paulista por acúmulo de cartões amarelos |
MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A vantagem do Corinthians na
final de sábado não será só a de jogar, ao menos, por um empate para ser campeão paulista. Ao longo
do torneio, os corintianos controlaram os nervos mais do que os
são-paulinos e lucraram.
O São Paulo acumulou 30 amarelos e três vermelhos, enquanto o
rival teve até agora 21 atletas advertidos e dois expulsos.
Por causa das suspensões, Oswaldo de Oliveira precisou mexer
mais em seu time (seis titulares
foram suspensos, ao menos, uma
vez), prejudicando o entrosamento. Sábado, o técnico não poderá
ter Gustavo Nery e Maldonado.
"O entrosamento pesa a favor
deles porque futebol é repetição.
Ponto para o Corinthians", disse
o treinador do São Paulo.
Outro são-paulino que lamentou o fato de sua equipe perder o
"fair play" para os rivais foi o zagueiro Jean, que também já esteve
suspenso neste campeonato.
"Nas últimas rodadas, joguei
um jogo com o Régis [Santista],
dois com o Gustavo Nery [São
Raimundo e Corinthians], e agora deve ser outro [Júlio Santos].
Desde que o Oswaldo chegou
aqui isso acontece e é claro que
não ajuda. Já o Corinthians não
muda. É sempre Fábio Luciano e
Anderson", afirmou o zagueiro.
E foi assim mesmo no Paulista
até aqui. O Corinthians perdeu
Fabinho, três amarelos e um vermelho, Leandro, terceiro amarelo
no jogo de abertura das finais (está fora no sábado), e Liedson, expulso uma vez. A zaga chegou a
ser advertida, mas não suspensa.
Os corintianos também fazem
menos faltas. Segundo o Datafolha, eles têm média de 24,1 infrações por jogo contra 27,5 do rival.
O caso mais emblemático de indisciplina no clube do Morumbi é
o de Maldonado. Além dos três
amarelos que o deixam fora da final, o chileno já recebeu dois vermelhos.
Aconselhado pela diretoria,
Luis Fabiano, que costuma ser um
dos mais esquentados do time,
procurou a ajuda de uma psicóloga. Ainda assim, o atacante recebeu um vermelho e dois amarelos. Outro exemplo de sangue
quente no São Paulo é o capitão
Rogério. Duas vezes o goleiro foi
advertido com cartão por causa
de reclamação com os juízes.
No Parque São Jorge, o caso
mais célebre de autocontrole é o
de Anderson. Apesar de jogar na
zaga, ele não é advertido desde a
segunda partida do Estadual.
Desde então, jogou pendurado oito vezes e conseguiu evitar ser
suspenso. "Não tive de mudar o
meu jeito. Continuo jogando duro, mas sem violência", afirmou.
Seus colegas de defesa também
têm sido disciplinados. O técnico
Geninho só não contou com todos em todas as partidas porque o
lateral Kléber se contundiu.
O zagueiro Fábio Luciano deu a
receita da tranquilidade corintiana. "Levei muita bronca da minha
família por causa de algumas jogadas violentas que fiz. Cansei
disso. Agora as pessoas só vão me
ver jogando limpo e fazendo gols", disse o capitão corintiano.
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