|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palmeiras busca alívio imediato, de novo no 3-5-2
DA REPORTAGEM LOCAL
Contra a Ponte Preta hoje, no
Parque Antarctica, o Palmeiras de
Emerson Leão entra pela quarta
vez no ano tentando se achar no
3-5-2 e precisando sobreviver.
Lançado pelo técnico como solução quando as vitórias começaram a escassear, o teste de hoje, às
16h, pode obrigar Leão a ter que
tirar outra solução da prancheta.
A mudança tática reforçou a defesa, mas ainda está longe de resolver a crise de rendimento que o
clube apresentou após um início
arrasador no Paulista e na Libertadores, com sete vitórias consecutivas, enchendo a torcida de expectativas hoje esquecidas.
A rodada começou ontem com
o time atrás de São Paulo e Santos
na tabela de classificação, e um
tropeço pode afastar muito o Palmeiras da disputa pelo título.
Hoje, o cenário é ruim. O empate sem gols na Libertadores contra
o argentino Rosario Central
transformou o Parque Antarctica
num caldeirão de protestos. No
dia seguinte, os titulares não falaram com a imprensa, deixando as
explicações para os novatos Cláudio e Thiago Gomes, que nem sequer haviam entrado em campo.
A impaciência da torcida também se vê no semblante do treinador, que espera reforços que resolvam o time, em vez de atletas
que apenas integrem o elenco.
Do 4-4-2 para o 3-5-2, a defesa
deixou de ser um queijo suíço verde. A grande conquista das alterações de Leão nesses três jogos foi
tomar apenas um gol, mas os números de ataque também caíram
-e vertiginosamente.
Era de 2,25 gols a média por jogo do 4-4-2 tanto na Libertadores
quanto no Paulista -o Palmeiras
atuou 16 vezes nesse esquema.
Desde que a tática com três zagueiros foi implementada, o percentual caiu para o irrisório 0,67
gol por partida. Tanto que o time
só conseguiu uma vitória, contra
a desesperada Portuguesa, e dois
empates. Leão afirma, entretanto,
que é cedo para dar a tentativa como encerrada.
"O que faz uma equipe ter segurança e confiança é a repetição, o
que não estamos conseguindo
neste ano. Eu gosto da regularidade com a repetição, e é nisso que
vamos insistir", apregoa. A consistência que a defesa ganhou e o
equilíbrio entre os setores são
seus argumentos para insistir.
Hoje, o zagueiro Douglas, que
sente dores musculares, será
substituído por Thiago Gomes.
Poupado na antevéspera, Gamarra tem presença confirmada.
Há ainda a possibilidade de
uma formação ultra-ofensiva, já
que Leão testou anteontem uma
formação em 4-3-3, com Washington, Edmundo e Enílton.
O técnico, porém, já cogita a
possibilidade de mexer mais uma
vez na equipe titular, caso o time
não vença hoje. Sem adiantar, deu
a entender que o dia será decisivo
para a titularidade de alguns.
Embalada pela invencibilidade
de três jogos, a Ponte Preta quer
aproveitar um possível nervosismo dos jogadores do Palmeiras
para surpreender.
Para o técnico da equipe, Oswaldo Alvarez, a Ponte pode tirar
proveito de uma eventual pressão
da torcida palmeirense sobre o time por causa dos últimos resultados. Para isso, os ponte-pretanos
devem explorar os contra-ataques e atuarão com três zagueiros.
A principal mudança no time
deve ser a entrada do atacante
Adauto no lugar de Wanderley.
Outra novidade será o retorno
do zagueiro Rafael Santos, que foi
poupado dos treinamentos durante a semana por causa de dores
na virilha. A única dúvida de Alvarez é com relação ao meio-de-campo, setor em que ele pode optar por escalar Dionísio ou Da Silva.
(MÁRVIO DOS ANJOS)
Com a Agência Folha, em Campinas
Texto Anterior: O personagem: Próximo de casa, novato vive sonho e já endereça gol Próximo Texto: Marcinho procura faro perdido do gol Índice
|