São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

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Palmeiras busca alívio imediato, de novo no 3-5-2

DA REPORTAGEM LOCAL

Contra a Ponte Preta hoje, no Parque Antarctica, o Palmeiras de Emerson Leão entra pela quarta vez no ano tentando se achar no 3-5-2 e precisando sobreviver.
Lançado pelo técnico como solução quando as vitórias começaram a escassear, o teste de hoje, às 16h, pode obrigar Leão a ter que tirar outra solução da prancheta.
A mudança tática reforçou a defesa, mas ainda está longe de resolver a crise de rendimento que o clube apresentou após um início arrasador no Paulista e na Libertadores, com sete vitórias consecutivas, enchendo a torcida de expectativas hoje esquecidas.
A rodada começou ontem com o time atrás de São Paulo e Santos na tabela de classificação, e um tropeço pode afastar muito o Palmeiras da disputa pelo título.
Hoje, o cenário é ruim. O empate sem gols na Libertadores contra o argentino Rosario Central transformou o Parque Antarctica num caldeirão de protestos. No dia seguinte, os titulares não falaram com a imprensa, deixando as explicações para os novatos Cláudio e Thiago Gomes, que nem sequer haviam entrado em campo.
A impaciência da torcida também se vê no semblante do treinador, que espera reforços que resolvam o time, em vez de atletas que apenas integrem o elenco.
Do 4-4-2 para o 3-5-2, a defesa deixou de ser um queijo suíço verde. A grande conquista das alterações de Leão nesses três jogos foi tomar apenas um gol, mas os números de ataque também caíram -e vertiginosamente.
Era de 2,25 gols a média por jogo do 4-4-2 tanto na Libertadores quanto no Paulista -o Palmeiras atuou 16 vezes nesse esquema.
Desde que a tática com três zagueiros foi implementada, o percentual caiu para o irrisório 0,67 gol por partida. Tanto que o time só conseguiu uma vitória, contra a desesperada Portuguesa, e dois empates. Leão afirma, entretanto, que é cedo para dar a tentativa como encerrada.
"O que faz uma equipe ter segurança e confiança é a repetição, o que não estamos conseguindo neste ano. Eu gosto da regularidade com a repetição, e é nisso que vamos insistir", apregoa. A consistência que a defesa ganhou e o equilíbrio entre os setores são seus argumentos para insistir.
Hoje, o zagueiro Douglas, que sente dores musculares, será substituído por Thiago Gomes. Poupado na antevéspera, Gamarra tem presença confirmada.
Há ainda a possibilidade de uma formação ultra-ofensiva, já que Leão testou anteontem uma formação em 4-3-3, com Washington, Edmundo e Enílton.
O técnico, porém, já cogita a possibilidade de mexer mais uma vez na equipe titular, caso o time não vença hoje. Sem adiantar, deu a entender que o dia será decisivo para a titularidade de alguns.
Embalada pela invencibilidade de três jogos, a Ponte Preta quer aproveitar um possível nervosismo dos jogadores do Palmeiras para surpreender.
Para o técnico da equipe, Oswaldo Alvarez, a Ponte pode tirar proveito de uma eventual pressão da torcida palmeirense sobre o time por causa dos últimos resultados. Para isso, os ponte-pretanos devem explorar os contra-ataques e atuarão com três zagueiros.
A principal mudança no time deve ser a entrada do atacante Adauto no lugar de Wanderley.
Outra novidade será o retorno do zagueiro Rafael Santos, que foi poupado dos treinamentos durante a semana por causa de dores na virilha. A única dúvida de Alvarez é com relação ao meio-de-campo, setor em que ele pode optar por escalar Dionísio ou Da Silva. (MÁRVIO DOS ANJOS)

Com a Agência Folha, em Campinas


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