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Na Malásia, chuva deve aumentar risco na F-1
Pista molhada pode agravar
erros sem controle de tração
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SEPANG
Se a primeira corrida da F-1
""mais humana", sem ajuda eletrônica aos pilotos, foi marcada
pela enorme quantidade de erros e a pequena quantidade de
carros chegando ao fim -apenas seis-, a segunda tem tudo
para ser ainda pior. Ou melhor,
dependendo do ponto de vista.
Isso porque a previsão do
tempo para domingo, quando
será realizado o GP da Malásia,
é de chuva. Ontem à noite, uma
garoa leve já caía em Sepang.
Segundo a meteorologia, a
chance de ela se repetir, porém
com mais intensidade, no horário da largada, às 15h locais, 4h
de Brasília, é de 60%.
Se a previsão for confirmada,
os pilotos poderão, enfim, descobrir se seus temores se justificam. Desde o início dos testes
com carros sem controle de
tração, eles afirmam que a segurança pode ser prejudicada
em GPs com chuva, já que o sistema, banido nesta temporada,
impede que as rodas patinem.
Sua ausência ficou evidente
no GP da Austrália, no domingo
passado, tamanha a quantidade
de erros cometidos. Pouca gente escapou.
""Agora, quando você erra a
freada, o carro perde a estabilidade e é difícil recuperar. Não
quero ver como será com chuva...", falou Fernando Alonso
após a prova em Melbourne.
""A aderência ficou muito menor", explicou Mark Webber,
da Red Bull. ""Até para os mais
talentosos é um desafio enorme. E, se tiver água na pista, as
coisas vão ficar muito piores",
completou o australiano.
Felipe Massa, que bateu na
primeira curva na Austrália,
voltou para a corrida e abandonou com problemas no motor,
também acredita que a chuva
pode atrapalhar os pilotos.
""O que me preocupa numa
corrida molhada é a aquaplanagem", declarou o ferrarista. ""O
piloto pode acabar virando passageiro", acrescentou Massa,
que chegou à Malásia anteontem e passou a tarde de ontem
fazendo compras acompanhado da mulher, Rafaela.
Nem todos concordam que
uma corrida com chuva possa
ser mais perigosa por causa do
fim da eletrônica. ""Estou um
pouco preocupado, não com
medo", disse Jarno Trulli.
""Claro que vamos ter alguns
problemas, talvez a corrida seja
um pouco mais perigosa", afirmou o italiano da Toyota. ""Mas,
no fim das contas, se há dez ou
20 anos eles guiavam sem controle de tração, nós também
podemos fazer isso hoje."
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