São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Na Malásia, chuva deve aumentar risco na F-1

Pista molhada pode agravar erros sem controle de tração

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SEPANG

Se a primeira corrida da F-1 ""mais humana", sem ajuda eletrônica aos pilotos, foi marcada pela enorme quantidade de erros e a pequena quantidade de carros chegando ao fim -apenas seis-, a segunda tem tudo para ser ainda pior. Ou melhor, dependendo do ponto de vista.
Isso porque a previsão do tempo para domingo, quando será realizado o GP da Malásia, é de chuva. Ontem à noite, uma garoa leve já caía em Sepang. Segundo a meteorologia, a chance de ela se repetir, porém com mais intensidade, no horário da largada, às 15h locais, 4h de Brasília, é de 60%.
Se a previsão for confirmada, os pilotos poderão, enfim, descobrir se seus temores se justificam. Desde o início dos testes com carros sem controle de tração, eles afirmam que a segurança pode ser prejudicada em GPs com chuva, já que o sistema, banido nesta temporada, impede que as rodas patinem.
Sua ausência ficou evidente no GP da Austrália, no domingo passado, tamanha a quantidade de erros cometidos. Pouca gente escapou.
""Agora, quando você erra a freada, o carro perde a estabilidade e é difícil recuperar. Não quero ver como será com chuva...", falou Fernando Alonso após a prova em Melbourne.
""A aderência ficou muito menor", explicou Mark Webber, da Red Bull. ""Até para os mais talentosos é um desafio enorme. E, se tiver água na pista, as coisas vão ficar muito piores", completou o australiano.
Felipe Massa, que bateu na primeira curva na Austrália, voltou para a corrida e abandonou com problemas no motor, também acredita que a chuva pode atrapalhar os pilotos.
""O que me preocupa numa corrida molhada é a aquaplanagem", declarou o ferrarista. ""O piloto pode acabar virando passageiro", acrescentou Massa, que chegou à Malásia anteontem e passou a tarde de ontem fazendo compras acompanhado da mulher, Rafaela.
Nem todos concordam que uma corrida com chuva possa ser mais perigosa por causa do fim da eletrônica. ""Estou um pouco preocupado, não com medo", disse Jarno Trulli.
""Claro que vamos ter alguns problemas, talvez a corrida seja um pouco mais perigosa", afirmou o italiano da Toyota. ""Mas, no fim das contas, se há dez ou 20 anos eles guiavam sem controle de tração, nós também podemos fazer isso hoje."


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