São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Abertura vira novo alvo para boicote

DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender do discurso de políticos e dirigentes, a Olimpíada na China não sofrerá boicotes esportivos expressivos, como em Moscou-80 e Los Angeles-84.
Porém uma idéia, se tiver adesões expressivas, irá prejudicar a ambição chinesa de obter legitimidade em nível mundial com a Olimpíada.
A ONG Repórteres Sem Fronteira conclamou os líderes políticos a boicotarem a cerimônia de abertura dos Jogos em protesto pela China não ter cumprido promessas de melhoria na questão dos direitos humanos.
A proposta foi bem recebida por Bernard Kouchner, ministro das Relações Exteriores da França. "Estamos considerando isso", disse.
Kouchner afirmou que irá se reunir com os ministros das 27 nações da União Européia para discutir o assunto na semana que vem.
No mês passado, Jacques Rogge, presidente do COI, divulgou que esperava a presença na festa de líderes políticos, como o presidente dos EUA, George W. Bush, e da França, Nicolas Sarkozy.
Taiwan é o único país que pode promover boicote esportivo. A ilha, considerada Província rebelde pela China, terá eleições no sábado. Ma Yong-Jeou, do Kuomintang (Partido Nacionalista), favorito das pesquisas, não descartou a possibilidade de não enviar equipe em represália à repressão no Tibete.
Os EUA, porém, descartaram a iniciativa. "Além de punir desnecessariamente os atletas, o boicote olímpico não serve para nada", disse Darryl Seibel, porta-voz do Comitê Olímpico dos EUA.


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