São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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JUDÔ

Brasil zela por tradição no Pan final

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

No ciclo olímpico em que o judô brasileiro teve um investimento recorde, um dos atletas da seleção brasileira que começa a disputar hoje o Campeonato Pan-Americano da Venezuela tem a responsabilidade de manter uma tradição brasileira que vem dos Jogos de Moscou. Desde 1980, o país teve representantes nas sete classes olímpicas de peso no masculino.
A missão é do peso ligeiro (até 60 kg) Alexandre Lee, 26. Sua categoria é a única masculina que ainda não obteve a classificação para Atenas. "É uma responsabilidade extra lutar para manter essa hegemonia. Isso traz ansiedade. Mas, para que eu fique fora dos Jogos, muita coisa precisa dar errado no Pan", declarou o atleta.
Na classe de peso mais leve do judô olímpico, o Brasil está em quinto lugar no ranking da UPJ (União Pan-Americana de Judô). Os seis países mais bem classificados têm a vaga em Atenas.
O ranking leva em consideração o desempenho dos representantes dos 40 países do continente filiados à entidade em oito competições realizadas desde 2002. O Pan da Venezuela é a última delas.
A pontuação é atribuída ao país, independentemente do judoca que competiu. No processo seletivo do peso ligeiro, por exemplo, o Brasil teve computados os resultados de três judocas: Lee, Fúlvio Myiata e João Derly.
O curioso é que Lee, atual titular da seleção na categoria, só disputou uma das etapas. "Mas a alternância de competidores não atrapalhou a classificação. Não dá para um único judoca passar os três anos indo a todos os eventos classificatórios. Isso prejudicaria a renovação", afirmou Lee.
Lee pode ter seu trabalho facilitado porque Cuba, principal adversário continental brasileiro na modalidade, teve problemas com a deserção de alguns atletas.
"Os dois melhores cubanos do peso deixaram o país", disse Lee.
Entre as mulheres, Daniela Polzin (ligeiro), Fabiane Hukuda (meio-leve), Cristina Sebastião (médio) e Priscila Marques (pesado) tentam no Pan carimbar o passaporte para a Grécia.


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