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JUDÔ
Brasil zela por tradição no Pan final
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
No ciclo olímpico em que o judô
brasileiro teve um investimento
recorde, um dos atletas da seleção
brasileira que começa a disputar
hoje o Campeonato Pan-Americano da Venezuela tem a responsabilidade de manter uma tradição brasileira que vem dos Jogos
de Moscou. Desde 1980, o país teve representantes nas sete classes
olímpicas de peso no masculino.
A missão é do peso ligeiro (até
60 kg) Alexandre Lee, 26. Sua categoria é a única masculina que
ainda não obteve a classificação
para Atenas. "É uma responsabilidade extra lutar para manter essa hegemonia. Isso traz ansiedade. Mas, para que eu fique fora
dos Jogos, muita coisa precisa dar
errado no Pan", declarou o atleta.
Na classe de peso mais leve do
judô olímpico, o Brasil está em
quinto lugar no ranking da UPJ
(União Pan-Americana de Judô).
Os seis países mais bem classificados têm a vaga em Atenas.
O ranking leva em consideração
o desempenho dos representantes dos 40 países do continente filiados à entidade em oito competições realizadas desde 2002. O
Pan da Venezuela é a última delas.
A pontuação é atribuída ao país,
independentemente do judoca
que competiu. No processo seletivo do peso ligeiro, por exemplo, o
Brasil teve computados os resultados de três judocas: Lee, Fúlvio
Myiata e João Derly.
O curioso é que Lee, atual titular
da seleção na categoria, só disputou uma das etapas. "Mas a alternância de competidores não atrapalhou a classificação. Não dá para um único judoca passar os três
anos indo a todos os eventos classificatórios. Isso prejudicaria a renovação", afirmou Lee.
Lee pode ter seu trabalho facilitado porque Cuba, principal adversário continental brasileiro na
modalidade, teve problemas com
a deserção de alguns atletas.
"Os dois melhores cubanos do
peso deixaram o país", disse Lee.
Entre as mulheres, Daniela Polzin (ligeiro), Fabiane Hukuda
(meio-leve), Cristina Sebastião
(médio) e Priscila Marques (pesado) tentam no Pan carimbar o
passaporte para a Grécia.
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