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CARLOS SARLI
Muitos campeões
O SuperSurf amplia a cada etapa a já extensa lista
de vencedores no circuito profissional brasileiro
MANTENDO A ESCRITA , na etapa de abertura do SuperSurf 2007, mais um nome
estendeu a já extensa lista de campeões do circuito profissional brasileiro. O catarinense Marco Polo, 19,
ao bater o carioca Simão Romão,
tornou-se o 27º a vencer uma prova
entre 39 disputadas desde 2000,
quando a editora Abril passou a organizar o Brasileiro com a Abrasp.
Novos nomes surgem entre os experientes com imensa facilidade.
Atletas de 18 a 39 anos dividem as
águas. Novidade da vez, Marco Polo
deixou para trás, entre outros, o
atual campeão Jihad Kohdr e o veterano Fabio Gouveia, provando a variedade de talentos do nosso litoral.
Em 2008, o SuperSurf volta ao
formato original, baseado no WCT,
circuito que define a elite mundial
do esporte. O número de competidores cairá de 60 para 46 no masculino e de 22 para 16 no feminino. Os
24 mais bem colocados do masculino e as dez melhores do feminino seguirão no circuito. As outras vagas
serão preenchidas pelos rankings
regionais da Abrasp.
A decisão de restringir só aos 46
melhores do Brasil trará mais competitividade e deixará o circuito
mais emocionante e os surfistas
mais bem preparados para futuras
disputas no WCT, é isso que esperam os organizadores. Esse alinhamento, porém, é antagônico com a
decisão da ASP, a associação mundial, que há dois anos proibiu atletas
que correm o WCT de correr provas
regionais. A regra foi criada visando
o SuperSurf, que, apesar de não dar
fortuna em prêmios (R$ 750 mil e
dois carros zero) é o maior circuito
nacional do mundo.
Outra mudança foi a concentração das provas no Sul e Sudeste do
país. "Queremos fazer o "circuito dos
sonhos", as ondas do Nordeste, exceto Noronha, não se comparam às do
Sul, então ajustamos o calendário e
trocamos a prova do NE pela de Saquarema", diz Evandro Abreu, diretor-geral do circuito, que ressalva
que, por causa das reclamações, Porto de Galinhas deve voltar em 2008.
As etapas prometem mais shows
de rasgadas, novos nomes e... mulheres. Desde 2000, as meninas fazem o mesmo circuito que os homens no SuperSurf e estão fazendo
bonito aqui e no exterior. Na primeira etapa, em Garopaba, o caneco foi
pra cearense Tita Tavares, 31, com 11
vitórias em etapas do circuito. Tita
deixou a ubatubense Suelen Naraisa, que também disputa o WQS, a divisão de acesso, na segunda posição.
Em março, foi Jacque Silva quem
levou a etapa do WQS em Margaret
Rivers (AUS). Já nos mares gigantes,
Maya Gabeira é o nome do momento. A filha do deputado ganhou US$
5.000 -e exposição no meio do big
surfe- no Billabong XXL, finalizado
na sexta. Maya triunfou na categoria
Melhor Performance Geral Feminina. Do Arpoador para o mundo, Maya, 19, atropelou estrelas do tow-in
com charme e coragem. Hoje a garota que surfa Waimea e Mavericks
não está mais para brincadeira.
MUNDIAL DE SURFE - WCT
Taj Burrow (AUS) venceu o Rip
Curl Bells e divide a ponta do Tour
com o conterrâneo Mick Fanning,
vencedor da 1ª etapa e terceiro em
Bells. Leo Neves ficou em nono.
Raoni Monteiro (14º) é o mais bem
colocado do país no ranking.
CONVIDADOS ESPECIAIS
Pela 1ª vez, Eddie Aikau abre votação para os surfistas convidados.
São duas listas com 24 nomes, a segunda de espera. Seis brasileiros
são sugeridos, mas outros podem
ser indicados. Vote: www.quiksilver.com/bigwave2008poll.
CANOAS HAVAIANAS
No sábado, às 9h, em frente ao
aquário de Santos, será dada a largada da 4ª edição da Volta da Ilha
de Santo Amaro, que reúne 20 times, em prova que contorna o Guarujá e volta pelo porto de Santos.
sarli@trip.com.br
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