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Novo Corinthians lembra o de Leão
Era Carpegiani no time começa com empate diante do Náutico em que houve atleta expulso, chutão e falha de goleiro
Arnaldo Carvalho/"Jornal do Comércio'
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Jean Carlos (à dir.), autor do segundo gol do Corinthians, disputa jogada com atleta do Náutico |
Náutico 2
Corinthians 2
EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
A presença de Paulo César
Carpegiani quase funcionou no
Recife. E o Corinthians, sob a
gestão dele, começou bem, fez 2
a 0, mas terminou mal. Levou o
empate, numa segunda etapa
que lembrou os tempos de
Leão, com jogador expulso,
chutões e falha do goleiro Jean.
Apesar do empate, o time
paulista pode até empatar a
partida de volta, na próxima
quinta-feira, por 0 a 0 ou 1 a 1,
em São Paulo, para ir às quartas-de-final da Copa do Brasil.
Só faltou o novo treinador se
sentar no banco, tarefa que
coube ao interino José Augusto
pela última vez ontem. Os dois
prepararam o time para a partida. Carpegiani participou da
preleção nos vestiários, orientou atletas no intervalo e sofreu
no segundo tempo ao ver o time
atuar com um a menos desde os
12min do segundo tempo.
A proposta corintiana já era
conhecida: um time forte defensivamente. A zaga, aliás, ganhou um reforço. O volante
Marcelo Mattos, que atuou recuado, como terceiro zagueiro.
O comportamento do time
alvinegro, nesse aspecto, foi satisfatório. E facilitado pelos
desfalques do Náutico, que jogou sem o artilheiro Kuki -ele
sofreu uma artroscopia no joelho esquerdo ontem- e Felipe,
também vetado por lesão.
O meio-campo, assim como
pedira Carpegiani, marcava
forte com Bruno Octávio e Magrão. E Willian, para variar, organizava com categoria o time.
Foi o diferencial de uma
equipe aguerrida, mas tecnicamente fraca. Dava velocidade,
como queria o novo comandante. Dessa forma, o Corinthians
suportou bem os minutos iniciais de pressão dos pernambucanos e, aos poucos, foi tomando o controle da partida. E, de
forma merecida, abriu o placar.
Magrão trocou passes com
Everton e, de longe, acertou belo chute no ângulo de Gléguer.
O gol calou a barulhenta torcida do Náutico e deixou os corintianos mais à vontade. O time da casa, como era esperado,
até esboçou pressão, os fãs voltaram a se inflamar, mas a equipe não demonstrava categoria
na hora de finalizar. Já o Corinthians, sim. Tanto é que Jean
Carlos, que não tem o hábito de
fazer gols, marcou o segundo
após rebote em cobrança de falta de Marcelo Mattos.
O primeiro tempo nem havia
acabado, e o treinador do Náutico, PC Gusmão, virou "burro".
No intervalo, Carpegiani desceu aos vestiários para orientar
seus novos comandados.
"O time foi bem, está marcando forte no meio-campo",
disse o técnico. "Mas fui corrigir o posicionamento do Everton porque o Betão está saindo
muito para cobri-lo", explicou.
O lado esquerdo da defesa ele
arrumou, mas foi pelo lado direito que nasceu a jogada que
originou o gol de Beto, logo no
início da etapa final. As coisas
ficaram piores quando Willian,
o melhor em campo, recebeu o
segundo amarelo por segurar
um adversário, aos 12min.
José Augusto, então, sacrificou o atacante Arce e colocou o
zagueiro Marcus Vinícius. E
Jean Carlos deixou o campo para a entrada de outro homem
de frente, Wilson. Ele pouco
participou da partida, já que o
time ficou com três zagueiros e
três volantes em campo. Isso
não evitou o gol de empate de
Sidny, que arriscou de fora da
área. A bola quicou no gramado, Jean caiu errado e aceitou.
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