São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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Novo Corinthians lembra o de Leão

Era Carpegiani no time começa com empate diante do Náutico em que houve atleta expulso, chutão e falha de goleiro

Arnaldo Carvalho/"Jornal do Comércio'
Jean Carlos (à dir.), autor do segundo gol do Corinthians, disputa jogada com atleta do Náutico


Náutico 2
Corinthians 2

EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

A presença de Paulo César Carpegiani quase funcionou no Recife. E o Corinthians, sob a gestão dele, começou bem, fez 2 a 0, mas terminou mal. Levou o empate, numa segunda etapa que lembrou os tempos de Leão, com jogador expulso, chutões e falha do goleiro Jean.
Apesar do empate, o time paulista pode até empatar a partida de volta, na próxima quinta-feira, por 0 a 0 ou 1 a 1, em São Paulo, para ir às quartas-de-final da Copa do Brasil.
Só faltou o novo treinador se sentar no banco, tarefa que coube ao interino José Augusto pela última vez ontem. Os dois prepararam o time para a partida. Carpegiani participou da preleção nos vestiários, orientou atletas no intervalo e sofreu no segundo tempo ao ver o time atuar com um a menos desde os 12min do segundo tempo.
A proposta corintiana já era conhecida: um time forte defensivamente. A zaga, aliás, ganhou um reforço. O volante Marcelo Mattos, que atuou recuado, como terceiro zagueiro.
O comportamento do time alvinegro, nesse aspecto, foi satisfatório. E facilitado pelos desfalques do Náutico, que jogou sem o artilheiro Kuki -ele sofreu uma artroscopia no joelho esquerdo ontem- e Felipe, também vetado por lesão.
O meio-campo, assim como pedira Carpegiani, marcava forte com Bruno Octávio e Magrão. E Willian, para variar, organizava com categoria o time.
Foi o diferencial de uma equipe aguerrida, mas tecnicamente fraca. Dava velocidade, como queria o novo comandante. Dessa forma, o Corinthians suportou bem os minutos iniciais de pressão dos pernambucanos e, aos poucos, foi tomando o controle da partida. E, de forma merecida, abriu o placar.
Magrão trocou passes com Everton e, de longe, acertou belo chute no ângulo de Gléguer.
O gol calou a barulhenta torcida do Náutico e deixou os corintianos mais à vontade. O time da casa, como era esperado, até esboçou pressão, os fãs voltaram a se inflamar, mas a equipe não demonstrava categoria na hora de finalizar. Já o Corinthians, sim. Tanto é que Jean Carlos, que não tem o hábito de fazer gols, marcou o segundo após rebote em cobrança de falta de Marcelo Mattos.
O primeiro tempo nem havia acabado, e o treinador do Náutico, PC Gusmão, virou "burro".
No intervalo, Carpegiani desceu aos vestiários para orientar seus novos comandados.
"O time foi bem, está marcando forte no meio-campo", disse o técnico. "Mas fui corrigir o posicionamento do Everton porque o Betão está saindo muito para cobri-lo", explicou.
O lado esquerdo da defesa ele arrumou, mas foi pelo lado direito que nasceu a jogada que originou o gol de Beto, logo no início da etapa final. As coisas ficaram piores quando Willian, o melhor em campo, recebeu o segundo amarelo por segurar um adversário, aos 12min.
José Augusto, então, sacrificou o atacante Arce e colocou o zagueiro Marcus Vinícius. E Jean Carlos deixou o campo para a entrada de outro homem de frente, Wilson. Ele pouco participou da partida, já que o time ficou com três zagueiros e três volantes em campo. Isso não evitou o gol de empate de Sidny, que arriscou de fora da área. A bola quicou no gramado, Jean caiu errado e aceitou.


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