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escala olímpica
Time feminino joga futuro diante de fãs
Na China, onde seleção tem legião de simpatizantes desde a Copa de 2007, Brasil disputa contra Gana vaga em Pequim-08
Além de já se sentirem adaptadas ao fuso horário, atletas do treinador Jorge Barcellos esperam ver torcida apóia-las como no Mundial
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
A seleção brasileira feminina
de futebol joga hoje em Pequim
a partida "que define o futuro
do futebol feminino no país",
de acordo com o treinador Jorge Barcellos, mas como se estivesse em casa. No confronto
com Gana, estará em jogo uma
vaga para a Olimpíada na capital da China, país que é fã das
jogadoras brasileiras.
O jogo acontece às 19h45 de
Pequim, 8h45 de Brasília, no
estádio dos Trabalhadores,
inaugurado em 1959 por Mao
Tsé-Tung para comemorar a
primeira década da Revolução
Comunista -a arena foi reformada para os Jogos.
No ano passado, a equipe nacional chegou à final do Mundial da modalidade, disputado
na mesma China, apresentando um futebol atraente, e Marta, em especial, mostrou vasto
repertório de jogadas de efeito,
o que deve render um bom número de torcedores e torcedoras hoje para o Brasil.
Apesar do apoio vindo das arquibancadas, a seleção feminina perdeu a decisão para a Alemanha (2 a 0) no Mundial chinês. Depois de ficar com o vice-campeonato em Xangai, as brasileiras sabem que não podem
perder desta vez.
"A equipe vê esse jogo como
uma final", disse a atacante
Marta, estrela do time, à Folha,
no treino de ontem, no estádio
dos Trabalhadores, palco da
decisão. "Nosso objetivo é a futura medalha para o Brasil."
Na Olimpíada de Atenas, em
2004, o Brasil acabou com a
medalha de prata.
Ao contrário da seleção masculina, Gana não é vista como
uma rival forte. No ranking da
Fifa, o Brasil é a quarta seleção,
enquanto a Gana é a 45ª. O país
africano não passou da primeira fase no Mundial de 2007.
O Brasil só chegou à repescagem na disputa pela vaga porque não venceu o Sul-Americano, que valia como qualificatório para os Jogos. Com time recheado de reservas, perdeu para a Argentina por 2 a 0.
Outro motivo para o Brasil se
sentir em casa hoje é a adaptação rápida das jogadoras à China. O técnico Jorge Barcellos
afirma que as atletas estão preparadas, pois chegaram a Pequim na terça-feira -saíram
do Brasil no domingo.
"Não tem fuso horário para
elas. Dormimos boa parte da
viagem, chegamos de madrugada, às 5h, e ficamos acordados o
dia inteiro. Treinamos para
que as jogadoras pudessem
dormir na noite chinesa", afirmou o treinador.
A zagueira Aline disse que as
atletas não esperavam o clima
seco de Pequim, mas que já se
aclimataram. Marta, Cristiane
e Daniela Alves, algumas das
principais estrelas da seleção,
uniram-se ao grupo por último
-elas atuam no futebol sueco.
Seis das 18 jogadoras brasileiras jogam no exterior.
A maioria das jogadoras da
seleção brasileira se preparou
na Granja Comary, em Teresópolis, durante 25 dias para o
confronto de hoje.
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