São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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entrevista

Varejão acha título difícil, não impossível

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A CLEVELAND

O ala-pivô Anderson Varejão, 25, reconhece que o Cleveland não chega com a mesma força da temporada passada, quando foi vice. Ele diz que seu talento nem sempre é reconhecido por não ser um jogador de "estatísticas".

 

FOLHA - Até onde o Cleveland pode ir nos mata-matas?
ANDERSON VAREJÃO - Espero que até a final, ser o campeão. Mas o time está diferente, ocorreu muita coisa. Renovei o contrato tarde, houve problemas de lesão, como a do LeBron James. Houve grande troca de atletas. Mudou a estrutura do time. E não temos jogado bem.

FOLHA - Apesar das lesões, você melhorou no ataque e subiu sua média de rebotes. O que mudou?
VAREJÃO - Cheguei confiante, mais agressivo. O Cleveland não precisa de mim para fazer 20 pontos por jogo, precisam é na defesa. Meu jogo nunca foi de estatística. Sempre fui produtivo, mas sem ninguém ver.

FOLHA - Cavar faltas de ataque ainda irrita os rivais?
VAREJÃO - Neste ano apitaram menos. Não mudei meu jogo. Falta de ataque é importante. Dá moral. O rival perde a bola, pensará mais na próxima vez que for à cesta.

FOLHA - Como é jogar com o LeBron James?
VAREJÃO - Para minha carreira, quando parar de jogar, vai ser importante ter jogado com ele. Ele vai ser o novo Michael Jordan, só precisa ganhar títulos. E não é fácil ser LeBron James. Aonde ele vai chama muito a atenção.

FOLHA - E o Pré-Olímpico?
VAREJÃO - Vou jogar.

FOLHA - O que é mais fácil: o Cleveland ser campeão ou o Brasil ir à Olimpíada de Pequim?
VAREJÃO - Os dois são difíceis. Não impossíveis. Temos que fazer o grupo chegar unido, sem individualismo. Vamos nos enquadrar no que o Moncho Monsalve [técnico da seleção] quer fazer.


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