São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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Final da Superliga expõe dilema da seleção

Irregularidade de suas jovens levantadoras marca os times de Rio de Janeiro e Osasco, que jogam pelo título feminino do vôlei

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil finalmente conseguiu formar uma geração de jogadoras de vôlei altas, que sabem atacar e bloquear como poucas. Mas ainda carece de talentos que façam as bolas chegarem redondas a essas mãos.
A decisão da Superliga feminina, hoje, às 9h45, entre Rio de Janeiro e Osasco, expõe esse dilema que atinge a seleção. As meios-de-rede se destacaram e são apontadas pelos técnicos como ponto forte dos rivais.
As jovens levantadoras ainda não conseguiram fazer uma temporada consistente em que mostrem já estarem prontas para preencher as vagas ocupadas nos últimos anos por Fernanda Venturini e Fofão.
"O Brasil ficou muito tempo dependente das mesmas levantadoras. A comparação com elas é até um pouco cruel, elas são talentos natos. As mais jovens ainda carecem de experiência. E só vão adquirir isso jogando", afirma Luizomar de Moura, técnico do Osasco.
Dani Lins, do Rio de Janeiro, e Ana Tiemi, do time paulista, oscilaram durante o torneio.
Ana fez as primeiras partidas da Superliga como titular, mas logo foi cedendo espaço para a veterana Carol. No treino de quarta-feira, a jogadora torceu o pé, mas disse que foi apenas um susto e deve jogar.
A levantadora do Rio de Janeiro se manteve na posição de forma mais consistente, mas também dividiu espaço com Camila Adão, a reserva.
Já entre as meios-de-rede, a Superliga serviu como nova afirmação do crescimento de oferta de atletas na posição.
Thaisa, 20 anos e 1,95 m, e Fabiana, 23 anos e 1,94 m, formaram um paredão na equipe do Rio de Janeiro.
"Temos de sacar bem para tentar desestabilizar o jogo delas, que tem como ponto forte as duas centrais", afirmou o treinador do Osasco.
"Durante muitos anos, carecemos de atletas de mais estatura e mais jogo para as meios-de-rede, e agora isso está acontecendo", completou ele, relembrando que as jogadoras rivais estavam na equipe campeã mundial juvenil em 2003.
"Estou muito feliz. Tenho apenas 23 anos e já estou na minha sexta final, é maravilhoso. Cresci bastante no Rio de Janeiro e na seleção, amadureci e ganhei bagagem", afirmou Fabiana, que disputou dois títulos pelo Minas e quatro pelo time carioca -conquistou o troféu em 2002, 2006 e 2007.
Não é só a presença de Fabiana que se repete na partida de hoje, no Maracanãzinho. Osasco já está em sua sétima final seguida. O adversário disputou a taça quatro vezes.


NA TV - Rio x Osasco
Sportv, ao vivo, às 9h45


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