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Final da Superliga expõe dilema da seleção
Irregularidade de suas jovens levantadoras marca os times de Rio de Janeiro e Osasco, que jogam pelo título feminino do vôlei
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil finalmente conseguiu formar uma geração de jogadoras de vôlei altas, que sabem atacar e bloquear como
poucas. Mas ainda carece de talentos que façam as bolas chegarem redondas a essas mãos.
A decisão da Superliga feminina, hoje, às 9h45, entre Rio de
Janeiro e Osasco, expõe esse dilema que atinge a seleção. As
meios-de-rede se destacaram e
são apontadas pelos técnicos
como ponto forte dos rivais.
As jovens levantadoras ainda
não conseguiram fazer uma
temporada consistente em que
mostrem já estarem prontas
para preencher as vagas ocupadas nos últimos anos por Fernanda Venturini e Fofão.
"O Brasil ficou muito tempo
dependente das mesmas levantadoras. A comparação com
elas é até um pouco cruel, elas
são talentos natos. As mais jovens ainda carecem de experiência. E só vão adquirir isso
jogando", afirma Luizomar de
Moura, técnico do Osasco.
Dani Lins, do Rio de Janeiro,
e Ana Tiemi, do time paulista,
oscilaram durante o torneio.
Ana fez as primeiras partidas
da Superliga como titular, mas
logo foi cedendo espaço para a
veterana Carol. No treino de
quarta-feira, a jogadora torceu
o pé, mas disse que foi apenas
um susto e deve jogar.
A levantadora do Rio de Janeiro se manteve na posição de
forma mais consistente, mas
também dividiu espaço com
Camila Adão, a reserva.
Já entre as meios-de-rede, a
Superliga serviu como nova
afirmação do crescimento de
oferta de atletas na posição.
Thaisa, 20 anos e 1,95 m, e
Fabiana, 23 anos e 1,94 m, formaram um paredão na equipe
do Rio de Janeiro.
"Temos de sacar bem para
tentar desestabilizar o jogo delas, que tem como ponto forte
as duas centrais", afirmou o
treinador do Osasco.
"Durante muitos anos, carecemos de atletas de mais estatura e mais jogo para as meios-de-rede, e agora isso está acontecendo", completou ele, relembrando que as jogadoras rivais estavam na equipe campeã
mundial juvenil em 2003.
"Estou muito feliz. Tenho
apenas 23 anos e já estou na minha sexta final, é maravilhoso.
Cresci bastante no Rio de Janeiro e na seleção, amadureci e
ganhei bagagem", afirmou Fabiana, que disputou dois títulos
pelo Minas e quatro pelo time
carioca -conquistou o troféu
em 2002, 2006 e 2007.
Não é só a presença de Fabiana que se repete na partida de
hoje, no Maracanãzinho. Osasco já está em sua sétima final
seguida. O adversário disputou
a taça quatro vezes.
NA TV - Rio x Osasco
Sportv, ao vivo, às 9h45
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