São Paulo, domingo, 19 de abril de 2009

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1º finalista

Santos vai à final, Luxemburgo, à lona

Com banho tático, time espera por Corinthians ou São Paulo enquanto Palmeiras vê relação com o técnico deteriorada

Palmeiras 1
Santos 2


Rivaldo Gomes/Folha Imagem
Jogadores do Santos comemoram o primeiro gol da equipe, de Madson, no Parque Antarctica

CAROLINA ARAÚJO
RENAN CACIOLI

DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos é o primeiro finalista do Paulista. O clube alvinegro bateu o Palmeiras, ontem à noite, acabou com um jejum na capital e estremeceu a relação de Vanderlei Luxemburgo com o Parque Antarctica.
Na semana passada, a equipe já havia vencido na Vila Belmiro, por 2 a 1. Com uma exibição impecável taticamente no segundo duelo, o time visitante selou sua vaga na decisão.
Agora, o Santos espera pelo vencedor entre São Paulo e Corinthians, que se enfrentam hoje, no Morumbi, para saber contra qual rival tentará conquistar seu 18º título estadual.
Ao contrário do que o Sport havia feito no meio da semana, quando segurou um empate por um gol pela Taça Libertadores com forte retranca e chutões, o time santista tocou rapidamente a bola, anulou os principais destaques do oponente e jogou com confiança.
Se de um lado o Palmeiras não tinha seu camisa 10, Cleiton Xavier, suspenso, do outro o Santos usou e abusou de Madson, o 10 alvinegro. Com uma simples alteração tática ainda no primeiro tempo, Mancini resolveu a partida. Inverteu as posições de Neymar e Madson, com este último indo do centro para o lado esquerdo.
Diante do corredor deixado por Fabinho Capixaba, o Santos transformou os contragolpes esporádicos dos primeiros minutos de confronto em ataques sucessivos armados ora por Madson ora por Neymar.
Em um chutão de Fábio Costa, aos 18min, Neymar dominou no meio e enfiou na medida para Madson, que com um leve toque deslocou Marcos.
A dupla de volantes santistas, Roberto Brum e Germano, anulava os meias adversários.
A semifinal ganhou contornos de desfecho logo aos 6min do segundo tempo, quando o zagueiro Maurício Ramos derrubou Neymar dentro da grande área, fazendo o pênalti e sendo expulso em seguida.
Com a penalidade convertida por Kléber Pereira e a ausência de um atleta na equipe da casa, o jogo não sofreu grandes alterações, nem quando Pierre contou com um frango de Fábio Costa para diminuir a desvantagem, aos 29min.
O que mudou, e bastante, foi o clima dentro de campo. Na discussão entre o zagueiro Domingos, que acabara de entrar no lugar de Neymar, e o meia Diego Souza, bastante nervoso desde o início do embate, ambos foram expulsos aos 36min.
Descontrolado, o palmeirense precisou ser contido por diversos colegas de time. Quando já se dirigia para o vestiário, se desvencilhou de Marcão, que o segurava, pulou a placa de publicidade e agrediu Domingos.
O incidente inflamou a torcida, que passou a celebrar as faltas cometidas pelo Palmeiras.
O Santos não ganhava um clássico em arenas da capital desde 2007. Já Vanderlei Luxemburgo, único técnico a ultrapassar a marca de cem vitórias no Parque Antarctica, viu sua relação com o estádio sofrer mais um baque. Foi o sexto revés desde que retornou ao clube, no ano passado. Em suas três passagens anteriores pelo Palmeiras, tinha três derrotas.

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