São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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Pesquisa mostra equilíbrio entre aqueles que seguiriam Barrichello e os que desobedeceriam a Ferrari

"Marmelada" da Áustria divide opiniões

DA REPORTAGEM LOCAL

A obediência de Rubens Barrichello à ordem da Ferrari no GP da Áustria, há uma semana, divide opiniões no país. Essa é a conclusão de pesquisa Datafolha realizada na última semana com 3.410 pessoas em 153 municípios.
Para 47% dos entrevistados, o piloto brasileiro agiu mal ao ceder a vitória para o alemão Michael Schumacher, seu companheiro de equipe. Respondendo à mesma questão, 36% das pessoas aprovaram sua atitude, enquanto 15% não souberam dar uma opinião.
O Datafolha registrou ainda equilíbrio em outra questão: a que perguntava se o entrevistado, no lugar de Barrichello, obedeceria ou não à ordem da escuderia.
Entre as pessoas ouvidas pelo instituto, 41% disseram que seguiriam a determinação da Ferrari, enquanto 47% declararam que não obedeceriam. Não souberam responder 12% dos entrevistados.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
No domingo passado, em Zeltweg, Barrichello esteve perto de sua segunda vitória na F-1. Depois de fazer a pole position e dominar todo o GP da Áustria, ele recebeu uma ordem da Ferrari, a três voltas do final, para desacelerar e abrir passagem para Schumacher, até então o segundo colocado.
A ordem veio na 68ª das 71 voltas da corrida. O brasileiro atendeu e cedeu a vitória para o alemão a dez metros da chegada.
Minutos depois, Schumacher e Barrichello foram vaiados no pódio, cena inédita e que consagrou o episódio como uma das maiores "marmeladas" dos 52 anos da F-1.
A polêmica criada pelo ato da Ferrari foi um dos assuntos mais comentados da semana. Prova disso, 63% dos entrevistados afirmaram que tomaram conhecimento do fato. Desses, 57% consideram-se bem ou mais ou menos informados sobre o que se passou na corrida de Zeltweg.
Entre os que se consideram bem informados, o equilíbrio é total: 48% obedeceriam à ordem, contra 49% que afirmaram que não respeitariam a chefia da Ferrari.



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