São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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Incrédula, CBF fala em vexame

DO ENVIADO A PARIS

A cúpula dirigente do futebol brasileiro recebeu com um misto de incredulidade e, depois, desdém, a notícia de que o Rio estava fora da disputa pelos Jogos-2012.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ficou sabendo da eliminação brasileira por volta de 14h30. Em seguida, ligou para o presidente de honra da Fifa e um dos dois brasileiros no COI, João Havelange, que disse ao ex-genro que não acreditava no que ouvia.
Durante todo o dia, Teixeira, que é desafeto de Carlos Arthur Nuzman, criticou a campanha comandada pelo presidente do COB. Repetia que não adiantava fazer boca de urna com quem não vota -referia-se às constantes reuniões de Nuzman com o ministro Agnelo Queiroz (Esporte) e com o prefeito Cesar Maia (Rio).
Em sua opinião, o COB deveria ter feito corpo a corpo com os estrangeiros que têm poder de voto no COI. A não-utilização de Havelange, que estava em Paris desde o fim de semana, na cerimônia na Suíça também foi apontada como motivo para a eliminação.
Entre integrantes do primeiro escalão, a exclusão era tratada como "vexame". Um dos dirigentes chegou a comparar a notícia com uma inédita não-participação do país numa Copa do Mundo.
Oficialmente, Teixeira disse que estava chateado com o resultado. "Seria excepcional para o Rio receber um evento desse porte."


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