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TÊNIS
Você vai de quem?
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Sim, havia quem falasse, discretamente, que enfim chegara a vez do argentino Guillermo
Vilas. Mas era difícil não apostar
no sueco Bjorn Borg como campeão do Aberto da França no fim
dos anos 70.
E no Aberto dos EUA naquele
início de anos 90? Até havia quem
pusesse suas fichas no norte-americano Jim Courier. Mas quem colocaria um níquel tranqüilamente em outro nome que não o do
sueco Stefan Edberg ou dos também norte-americanos Pete Sampras e Andre Agassi?
A mesma coisa se deu em Wimbledon nos anos 90. Poderia ter
um ano para se ousar e colocar
Agassi ou até acreditar que o australiano Patrick Rafter chegaria
lá. Mas como, em sã consciência,
não concordar que o caneco ficaria nas mãos de Sampras?
O Aberto da França, que nos últimos anos viu as apostas se dividirem entre Juan Carlos Ferrero e
Gustavo Kuerten (com uma ou
outra predileção por Agassi), agora coloca na frente da vitrine uma
lista de pelo menos dez nomes.
Em quem apostar? Segue uma
pequena contribuição da coluna
para os corneteiros de plantão.
Roger Federer, que é excelente,
mas detesta o saibro: "Nos últimos anos, chegava a Paris com
grandes expectativas, mesmo não
sendo favorito. Achava que por
ter ido às quartas em 2001 e ter
vencido em Hamburgo em 2002,
ganharia em Roland Garros. Isso
trazia pressão à minha cabeça.
Agora sei como preparar minha
cabeça para um Grand Slam".
Carlos Moyá, que não é considerado tão excelente, mas adora
o saibro: "Não me coloco como favorito para ganhar Roland Garros. Acredito sinceramente que
Ferrero e Coria estão em um nível
um pouco acima dos demais, com
Ferrero um pouco melhor".
Jose Perlas, que não joga, mas
treina Albert Costa: "A diferença
entre o Costa de 2002 e o de hoje é
que sabe agora o que precisa fazer
para vencer um grande torneio.
Albert começou a temporada de
saibro com uma nova raquete e já
está adaptado a ela".
Mariângela Lima, que nunca
jogou Roland Garros, mas é responsável pela recuperação de
Gustavo Kuerten: "A cada dia aumentamos a amplitude dos movimentos e a velocidade da bola,
com bastante variação. Houve
expressiva melhora na movimentação do quadril".
Peter Lundgreen, ex-Roger Federer e atual Marat Safin: "Marat
cresceu bastante nestes meses.
Não é mais só um tenista talentoso; tem cabeça, sim, e isso vai ficar
claro nos próximos torneios".
Flavio Saretta, que não é favorito, mas é brasileiro: "Fui melhorando no decorrer das semanas.
Peguei confiança com uma vitória em Barcelona, salvei uma partida importante no Masters Series
de Roma (contra o croata Mario
Ancic) e, em Hamburgo, fiz um
jogo duro contra Lleyton Hewitt".
Jon Wertheim, que escreve de
tênis para a "Sports Illustrated":
"Guillermo Coria é ainda o favorito para ganhar em Paris, mas
Moyá agora aparece na lista".
Guillermo Coria, considerado
excelente e que adora o saibro:
"Na verdade, nunca me vi favorito para Roland Garros. Aliás,
nunca pensei nessas coisas".
Entre os oito melhores
Os melhores hoje são Roger Federer, Carlos Moyá, Guillermo Coria,
Andy Roddick, Marat Safin, Lleyton Hewitt, Tim Henman e Andre
Agassi. É o que diz a Corrida dos Campeões. Alguém discorda?
Entre os infantes
Joinville recebe nesta semana a terceira etapa da Credicard MasterCard Junior's Cup. Os jogos vão até domingo no saibro do Joinville
Tênis Clube. A partir de sábado, é a vez da segunda etapa do Circuito
Banco do Brasil. Será no Tênis Clube de Santos.
Entre nós
Em quem o leitor aposta em Roland Garros? E por que aposta nesse
sujeito? Respostas para o e-mail abaixo.
E-mail randaku@uol.com.br
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