São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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TÊNIS

Você vai de quem?

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Sim, havia quem falasse, discretamente, que enfim chegara a vez do argentino Guillermo Vilas. Mas era difícil não apostar no sueco Bjorn Borg como campeão do Aberto da França no fim dos anos 70.
E no Aberto dos EUA naquele início de anos 90? Até havia quem pusesse suas fichas no norte-americano Jim Courier. Mas quem colocaria um níquel tranqüilamente em outro nome que não o do sueco Stefan Edberg ou dos também norte-americanos Pete Sampras e Andre Agassi?
A mesma coisa se deu em Wimbledon nos anos 90. Poderia ter um ano para se ousar e colocar Agassi ou até acreditar que o australiano Patrick Rafter chegaria lá. Mas como, em sã consciência, não concordar que o caneco ficaria nas mãos de Sampras?
O Aberto da França, que nos últimos anos viu as apostas se dividirem entre Juan Carlos Ferrero e Gustavo Kuerten (com uma ou outra predileção por Agassi), agora coloca na frente da vitrine uma lista de pelo menos dez nomes.
Em quem apostar? Segue uma pequena contribuição da coluna para os corneteiros de plantão.
Roger Federer, que é excelente, mas detesta o saibro: "Nos últimos anos, chegava a Paris com grandes expectativas, mesmo não sendo favorito. Achava que por ter ido às quartas em 2001 e ter vencido em Hamburgo em 2002, ganharia em Roland Garros. Isso trazia pressão à minha cabeça. Agora sei como preparar minha cabeça para um Grand Slam".
Carlos Moyá, que não é considerado tão excelente, mas adora o saibro: "Não me coloco como favorito para ganhar Roland Garros. Acredito sinceramente que Ferrero e Coria estão em um nível um pouco acima dos demais, com Ferrero um pouco melhor".
Jose Perlas, que não joga, mas treina Albert Costa: "A diferença entre o Costa de 2002 e o de hoje é que sabe agora o que precisa fazer para vencer um grande torneio. Albert começou a temporada de saibro com uma nova raquete e já está adaptado a ela".
Mariângela Lima, que nunca jogou Roland Garros, mas é responsável pela recuperação de Gustavo Kuerten: "A cada dia aumentamos a amplitude dos movimentos e a velocidade da bola, com bastante variação. Houve expressiva melhora na movimentação do quadril".
Peter Lundgreen, ex-Roger Federer e atual Marat Safin: "Marat cresceu bastante nestes meses. Não é mais só um tenista talentoso; tem cabeça, sim, e isso vai ficar claro nos próximos torneios".
Flavio Saretta, que não é favorito, mas é brasileiro: "Fui melhorando no decorrer das semanas. Peguei confiança com uma vitória em Barcelona, salvei uma partida importante no Masters Series de Roma (contra o croata Mario Ancic) e, em Hamburgo, fiz um jogo duro contra Lleyton Hewitt".
Jon Wertheim, que escreve de tênis para a "Sports Illustrated": "Guillermo Coria é ainda o favorito para ganhar em Paris, mas Moyá agora aparece na lista".
Guillermo Coria, considerado excelente e que adora o saibro: "Na verdade, nunca me vi favorito para Roland Garros. Aliás, nunca pensei nessas coisas".

Entre os oito melhores
Os melhores hoje são Roger Federer, Carlos Moyá, Guillermo Coria, Andy Roddick, Marat Safin, Lleyton Hewitt, Tim Henman e Andre Agassi. É o que diz a Corrida dos Campeões. Alguém discorda?

Entre os infantes
Joinville recebe nesta semana a terceira etapa da Credicard MasterCard Junior's Cup. Os jogos vão até domingo no saibro do Joinville Tênis Clube. A partir de sábado, é a vez da segunda etapa do Circuito Banco do Brasil. Será no Tênis Clube de Santos.

Entre nós
Em quem o leitor aposta em Roland Garros? E por que aposta nesse sujeito? Respostas para o e-mail abaixo.

E-mail randaku@uol.com.br


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