São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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Santos aposta em sua versão ofensiva na Libertadores

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Contra a segunda melhor defesa da competição, a do Once Caldas, o Santos quer abandonar hoje, às 21h45, na Vila Belmiro, a frágil personalidade ofensiva do Brasileiro e reassumir a identidade de melhor ataque da Libertadores.
Em contraste com o pífio desempenho ofensivo no Nacional -oito gols em seis jogos (média de 1,33 por partida)-, na Libertadores o Santos é a equipe que mais balançou as redes adversárias -20 vezes em oito confrontos (média de 2,5 por jogo).
Os colombianos, por sua vez, sofreram somente sete gols nas oito partidas que disputaram, apenas um a mais que o Deportivo Táchira (VEN), cuja retaguarda é a menos vazada do torneio.
Se conseguir furar o bloqueio defensivo rival, os santistas poderão viajar em vantagem para a Colômbia, onde na próxima semana os dois times decidirão uma vaga para a semifinal.
"Precisamos da vitória em casa e, se possível, com uma margem grande de gols. Por isso, qualquer oportunidade que conseguirmos criar, teremos de transformar em gol, para que o adversário se abra", disse o volante Renato.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, porém, é mais cauteloso. Para ele, não há como decidir a classificação em casa porque se trata de um jogo "de 180 minutos".
"Não dá para querer fazer o resultado só aqui. É preciso jogar os outros 90 minutos", afirmou.
A julgar pelas palavras dos próprios colombianos, o Once Caldas adotará na Vila um comportamento de franco-atirador.
"Não se sabe o que foi mais importante até o momento na história do Once Caldas: o título colombiano de 2003 ou chegar às quartas-de-final da Libertadores. A verdade é que na mente de ninguém estava avançar tanto nesse torneio", informava o site oficial.
Embora novato em Libertadores -disputa pela terceira vez o torneio-, o time já é conhecido pelo Santos, que em 98 o eliminou nos pênaltis da Copa Conmebol.
Para superar a esperada retranca do rival, os santistas contam com a boa fase de Diego. O meia-atacante voltará à equipe hoje depois de se recuperar da lesão que o impediu de atuar no sábado, na derrota para o Atlético-PR.
"Dentro de casa, nós tomamos a iniciativa. Na Libertadores, temos contado com o apoio maciço da nossa torcida, e isso certamente acontecerá de novo", afirmou.
Depois de um longo jejum de gols, Diego marcou sete vezes nas últimas oito partidas do Santos. Ele ganhou mais liberdade de ação ofensiva com a chegada do técnico Luxemburgo, para quem o meia não é jogador "para marcar, mas para ser marcado".
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, disse ontem em programa de TV que, ainda que não tenha assinado, o meia Ricardinho já acertou sua transferência. Para concretizá-la, basta o acordo entre o atleta e o São Paulo.
Ao transferir-se para o Middlesbrough (ING), Ricardinho e o São Paulo acertaram que o jogador pagaria multa de R$ 2 milhões caso voltasse para um clube brasileiro antes de dezembro de 2004.
Outro que pode ir à Vila Belmiro é o reserva Roger, do São Paulo. Em busca de um goleiro desde a saída de Doni, o clube sondou Hélton (ex-Vasco), do União de Leiria, mas os portugueses pediram um valor considerado alto.


NA TV - Santos x Once Caldas, na Sportv, ao vivo, às 21h45


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