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F-1 propõe pacote revolucionário para montadoras
Entre as mudanças sugeridas pela FIA estão motores V6, tração nas quatro rodas e até chassi único a partir de 2011
Entidade pretende tornar a categoria mais barata, "verde" e atrativa para as fabricantes de carros que ainda não estão envolvidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Em busca de uma F-1 mais
barata, ecologicamente correta
e mais atraente ao público, dirigentes da categoria já discutem
com as montadoras uma série
de mudanças radicais, que passariam a vigorar em 2011.
As modificações propostas
devem causar grande impacto
no esporte. Os carros passarão
a usar biocombustível, e os motores serão V6, turbocomprimidos, de 2,2 litros. Além disso,
eles serão limitados a 10 mil giros e terão de resistir a cinco finais de semana de GP, de acordo com a revista "F1 Racing".
Também estão sendo considerados o controle de tração
(que será banido em 2008), tração nas quatro rodas e um sistema "power boost", que permitiria aumento de potência por alguns segundos nos GPs.
O regulamento atual da categoria estipula propulsores V8
de 2,4 litros, aspirados, limitados a 19.000 rotações, com vida
útil de duas corridas.
As alterações propostas para
2011 seguiriam a tendência dos
últimos anos. Há apenas duas
temporadas as especificações
dos motores eram bem diferentes. A categoria usava V10 de 3
litros, que iam a 20.000 giros.
De acordo com a FIA, entidade que comanda o automobilismo, um documento sobre o novo pacote que irá regulamentar
a potência dos carros foi enviado na semana passada para a
associação das montadoras,
que reúne Renault, BMW,
DaimlerChrysler, Mercedes,
Ferrari, Honda, Toyota, além
de Ford e do grupo VW-Audi,
que não participam da F-1.
O grupo irá se reunir no próximo mês para discutir as propostas feitas pela entidade.
"Já estamos em discussões
com as grandes montadoras de
automóveis para garantir que,
no futuro, pesquisa e desenvolvimento que sejam relevantes
somente para a F-1 sejam desencorajados", declarou Max
Mosley, presidente da FIA.
"Em contrapartida, o que for
relevante para o desenvolvimento de carros de passeio será
encorajado", afirmou o inglês.
A idéia é tornar a categoria
mais atraente para montadoras
que ainda não estão envolvidas,
como Peugeot-Citroen, Hyundai, GM, Jaguar e Volkswagen.
A proposta que promete gerar mais controvérsia, porém, é
a que sugere que todas as equipes usem chassis idênticos.
O argumento de Mosley para
introduzir a novidade é que
ainda pode haver competição
em outras áreas, mas que o desenvolvimento aerodinâmico
na F-1 é um desperdício de
tempo e dinheiro e que não tem
relevância nenhuma para a indústria automobilística.
Mas, de acordo com o dirigente, nenhum das mudanças
deverá ser prejudicial ao esporte. "Na tentativa de atingir nosso objetivos, vamos garantir
que o espetáculo da F-1 permaneça o mesmo ou até seja aprimorado pelas modificações", finalizou Mosley.
Com agências internacionais
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