São Paulo, terça-feira, 19 de maio de 2009

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Outro lado

Estado diz que não vai gastar nesta reforma

DA SUCURSAL DO RIO

"Tendo em vista as limitações próprias do poder público e as prioridades sociais mais inerentes à sua missão e vocação (segurança, saúde e educação públicas), acredita-se que a gestão privada do complexo do Maracanã [...] poderá oferecer melhores resultados e serviços à comunidade local e sociedade em geral." É o que afirma o governo do Rio de Janeiro no edital de licitação da parceria público-privada.
O Estado abre mão das receitas: aluguel para eventos esportivos e de entretenimento, publicidade, alimentação, comércio em geral, visitas turísticas pagas e ingressos de um futuro museu de futebol.
A contrapartida, diz a secretária estadual de Turismo, Márcia Lins, é o concessionário que assumirá a gestão e valorizará o patrimônio público: "A gente partiu em 2007 para desenhar um quadro de passar a gestão à iniciativa privada, agregando valor ao espaço".
"Ter a possibilidade de chegar ao limite de exploração de receitas, que a gente não consegue como serviço público. E desonerar o governo, cujo objetivo não é fazer gestão comercial. É atender a população."
Entre as obras previstas, ela fala em criar novos acessos, para diminuir o tempo de esvaziamento do estádio. E melhorar a visibilidade de certos setores, ainda mal situados, a despeito do rebaixamento do campo em 1,5 m, antes do Pan. A rigor, sobrará a fachada, tombada. Dentro, a mudança será radical.
"A gente não vai gastar dinheiro para reformar", afirma. "Vai ser o ator privado."
Márcia Lins diverge da impressão de que houve verba pública em excesso e mal empregada no complexo. "O Maracanã foi mudando de conceito, tentando se adequar a cada época", afirma.
E projeta a escolha do Rio à Olimpíada de 2016: "O Maracanã, para fazer a Copa, tem que se modernizar. Como a gente vai fazer a Olimpíada, se tudo der certo, dentro de padrões que já vão ser diferentes da última".0 (MM e SR)


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