São Paulo, terça-feira, 19 de maio de 2009

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Governo desqualifica obra do Pan no parque aquático

DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio promove na internet as qualidades do Parque Aquático Júlio Delamare, unidade do complexo do Maracanã.
"[O] parque (...) tem a aprovação da Fina -Federação Internacional de Natação- por apresentar todas as exigências necessárias para realização de grandes eventos. Está em estudo um projeto para transformar o espaço em centro de excelência para a prática de esportes aquáticos", diz o texto.
Porém as virtudes observadas pela Suderj -órgão que administra o Maracanã, subordinado à Sete- sumiram no edital de privatização do complexo. O cisne virou patinho feio.
Uma minuta de edital da concorrência iguala o Júlio Delamare ao ultrapassado Estádio de Atletismo Célio de Barros, que também será destruído para deixar livres áreas no entorno do estádio de futebol -inaugurado em 1950, este antecedeu o parque aquático em anos.
Diz que ambos "não apresentam padrões técnicos adequados que lhes permitam servir a eventos esportivos oficiais". O que era ótimo no Pan agora é imprestável. "O Júlio Delamare não se ajusta mais a nenhuma competição", diz a secretária de Esporte Márcia Lins, também presidente da Suderj.
Ao visitar o parque em 2006, o presidente da União das Américas de Natação Amadora, Orban Mendoza, anotou, segundo a Gazeta Press: "Esta instalação é magnífica".
No mesmo ano, Julio Maglione, presidente de comissão da Organização Desportiva Pan-Americana, elogiou: "O Júlio Delamare é soberbo", registrou a agência Lancepress!
O parque sediou o Campeonato Mundial júnior de natação e o polo aquático do Pan, após obra de R$ 10 milhões. A de natação foi no Maria Lenk.
Por contrato, o concessionário construirá novo parque aquático (o atual abriga até 5.000 espectadores) e estádio de atletismo em local a ser cedido pelo Estado.0 (MM e SR)


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