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MEMÓRIA
Há dois anos, até FHC opinou sobre novos aparelhos
DA REPORTAGEM LOCAL
Falar em aparelhos de ginástica no Brasil mexe com
todo mundo, do atleta ao
presidente da República.
O caso mais notório foi o
de Daniele Hypólito. Em
2002, depois de obter a primeira medalha do país em
Mundiais -prata em Gent
(BEL), no solo-, a ginasta
pediu ao então presidente da
República, Fernando Henrique Cardoso, agilidade na liberação de verbas para a
aquisição do material.
Na época, FHC exigiu empenho do Ministério do Esporte porque não queria
mais "ouvir Daniele reclamar da falta de aparelhos".
Após a intervenção de
FHC e de uma parceria entre
o ministério e o COB, os aparelhos chegaram, mas, em
razão da desvalorização do
real, sofreram desfalques. Da
época em que a CBG recebeu
R$ 299.487,30 (maio de
2002) do ministério até a data da compra do material
(outubro/novembro) nos
EUA, o dólar valorizou cerca
de 40% em relação ao real, o
que significou uma queda de
28% no poder aquisitivo e
resultou em um corte de
parte dos equipamentos.
Além disso, quando chegaram ao país, os aparelhos
de ginástica motivaram nova disputa. O problema, então, era decidir onde eles ficariam. Mesmo após pedidos -e até ataques- da
técnica Georgette Vidor, de
Daniele e do Flamengo, a
CBG levou o equipamento
para sua sede, em Curitiba,
onde está servindo até hoje
aos treinos da seleção -eles
substituíram os aparelhos
que podem agora ir para o
clube carioca.
(CCP)
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