São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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MEMÓRIA

Há dois anos, até FHC opinou sobre novos aparelhos

DA REPORTAGEM LOCAL

Falar em aparelhos de ginástica no Brasil mexe com todo mundo, do atleta ao presidente da República.
O caso mais notório foi o de Daniele Hypólito. Em 2002, depois de obter a primeira medalha do país em Mundiais -prata em Gent (BEL), no solo-, a ginasta pediu ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, agilidade na liberação de verbas para a aquisição do material.
Na época, FHC exigiu empenho do Ministério do Esporte porque não queria mais "ouvir Daniele reclamar da falta de aparelhos".
Após a intervenção de FHC e de uma parceria entre o ministério e o COB, os aparelhos chegaram, mas, em razão da desvalorização do real, sofreram desfalques. Da época em que a CBG recebeu R$ 299.487,30 (maio de 2002) do ministério até a data da compra do material (outubro/novembro) nos EUA, o dólar valorizou cerca de 40% em relação ao real, o que significou uma queda de 28% no poder aquisitivo e resultou em um corte de parte dos equipamentos.
Além disso, quando chegaram ao país, os aparelhos de ginástica motivaram nova disputa. O problema, então, era decidir onde eles ficariam. Mesmo após pedidos -e até ataques- da técnica Georgette Vidor, de Daniele e do Flamengo, a CBG levou o equipamento para sua sede, em Curitiba, onde está servindo até hoje aos treinos da seleção -eles substituíram os aparelhos que podem agora ir para o clube carioca. (CCP)


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