São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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DATAFOLHA NA COPA

Uma discreta evolução

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

Se a vitória contra a Croácia caracterizou uma equipe sem objetividade, o triunfo brasileiro ante a Austrália serviu para mostrar um time mais combativo e menos centralizado em Ronaldinho. Mas que segue chutando mal.
Assim como na estréia, o Brasil teve um bom acerto de passes (90,1% ontem, 92% contra a Croácia), mas evoluiu em desarmes (131 contra 111), lançamentos (16 a 9) e cruzamentos (24 a 16).
Ronaldinho, o mais acionado na primeira partida (76 bolas recebidas), desta vez recebeu 58 -mesmo assim, foi o atleta da seleção que mais teve participação no jogo, à frente de Kaká (45 bolas).
A seleção caracterizou-se também por utilizar pouco os laterais contra a Austrália. Cafu e Roberto Carlos, que haviam recebido 42 e 38 bolas contra a Croácia, desta vez "trabalharam" bem menos: 29 vezes cada um.
O ponto fraco do time ainda é as finalizações. Se contra a Croácia foram 15 tentativas (e só cinco certas), na vitória contra a Austrália o índice foi ainda pior. Das 20 investidas, apenas 4 foram certas (20%). A primeira bola que foi ao gol entrou -com Adriano, aos 4min da segunda etapa.
Ainda questionado, Dida, ao menos, tem trabalhado bastante. Com média de 3,5 defesas por jogo, ele é o goleiro brasileiro mais exigido desde o ex-corintiano Carlos, no Mundial de 1986: 4,8.

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