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Nuzman faz tour para promover a Rio-2016
Presidente do COB passará por ao menos 3 continentes
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A LAUSANNE
Chefe da candidatura brasileira a sede dos Jogos de 2016,
Carlos Arthur Nuzman já definiu a estratégia para tentar
convencer a maioria dos eleitores do Comitê Olímpico Internacional até a eleição, em 2 de
outubro, na Dinamarca.
Nesse período, o presidente
do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) viajará por pelo menos
três continentes: Ásia, África e
Europa. Alguns serão visitados
mais de uma vez.
"A luta não terminou. Será
muito importante esse contato
pessoal com os eleitores, e vamos buscar essa aproximação",
disse Carlos Roberto Osório,
secretário-geral da Rio-2016.
Anteontem, os dirigentes da
candidatura brasileira e de seus
três adversários (Madri, Tóquio e Chicago) foram sabatinados por membros do COI no
Museu Olímpico, em Lausanne. Pelo menos 92 dos 107 eleitores participaram da reunião.
No próximo mês, Nuzman e
uma comitiva de políticos brasileiros seguirão para a Nigéria,
onde participarão de reunião
dos comitês olímpicos africanos. Lá, será exibido o projeto
carioca. A África tem 16 votos
no colégio eleitoral do COI.
"Os africanos são muito importantes para a nossa estratégia. Eles têm uma proximidade
cultural com o Brasil e fazem
parte de um continente que
nunca viu os Jogos, como a
América do Sul. Os temas que
nos tocam também são sentidos por eles", disse Osório.
Apesar de os brasileiros tentarem a aproximação com os
africanos, o trabalho de convencimento será duro. Francis
Nyangweso, de Uganda, não se
mostrou empolgado com o Rio.
"A candidatura do Brasil é
forte, mas as outras também
são. Além disso, acho que os outros países não podem ser punidos por já terem realizado
outras edições dos Jogos. Pensarei bastante antes de definir o
voto", disse Nyangweso ao deixar o Lausanne Palace Hotel.
Uma espécie de feira foi o último evento oficial promovido
pelo COI para divulgar as cidades para os seus eleitores.
No próximo mês, Nuzman
vai a Cingapura, onde haverá
reunião dos comitês asiáticos.
Lá, o trabalho será mais difícil.
Os japoneses têm o voto de
quase todos os eleitores.
Além de visitar os dois continentes, Nuzman também fará
lobby em favor da candidatura
brasileira no Mundial de natação, em Roma, no próximo
mês, e no Mundial de atletismo,
em agosto, em Berlim.
Outro ponto decisivo será a
publicação do relatório de inspeção do COI nas quatro cidades, em setembro.
"Vou ler o relatório para me
decidir. Só fecho meu voto em 2
de outubro", disse o ex-nadador russo Alexander Popov.
A candidatura brasileira é a
mais cara das quatro -prevê
gastar cerca de US$ 14 bilhões.
A maior parte das obras será
bancada com verba pública.
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