São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

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Brasil pode mudar seu meio-campo

Desde 1994, setor do time nacional é alterado no decorrer do Mundial

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL

ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

Quando as coisas não acontecem como o esperado, é um setor específico da seleção brasileira que carrega a responsabilidade. Tem sido assim ao menos nas últimas quatro Copas do Mundo.
E agora, na equipe de Dunga, é possível que o meio- -campo sofra novamente mudanças durante o Mundial. O time nacional joga amanhã contra a Costa do Marfim -uma vitória coloca o Brasil nas oitavas de final.
O coletivo fechado de ontem e a suspeita de que Gilberto Silva lesionou o tornozelo aumentaram a expectativa de que o técnico teste alguns atletas, como Daniel Alves, Ramires, Josué e Júlio Baptista, no meio-campo.
Apesar da vitória contra a Coreia do Norte (2 a 1), o time teve muita dificuldade para superar o bloqueio dos asiáticos e o próprio Dunga criticou a lentidão da equipe.
Há também o fato de Kaká, principal jogador da seleção, estar longe de sua forma física e técnica ideal, como ficou evidente na estreia. Tudo isso pode fazer com que Dunga mude peças no que deve ser o setor criativo da equipe.
"O Kaká atua na mesma função que eu, mas estou esperando a chance e preparado para jogar", disse Júlio Baptista, destaque do coletivo de anteontem contra uma equipe sub-19 sul-africana.
Robinho, que fez a função de Kaká por alguns minutos contra os norte-coreanos após a substituição do meia, também disse não ver problema em jogar por ali. "O Santos joga com três atacantes e eu sou o que volta mais para buscar as jogadas. Então, não tem dificuldade."
Mudanças no meio-campo, se ocorrerem agora, seguirão um padrão adotado pela seleção desde o Mundial de 94. Para acertar o time campeão nos EUA, o treinador Carlos Alberto Parreira trocou Raí por Mazinho.
Em 98, na França, o meia Geovanni foi substituído por Leonardo na equipe vice-campeã de Zagallo.
Na Copa de Coreia do Sul e Japão, em 2002, o atual reserva Kleberson ganhou a posição de Juninho Paulista e ajudou a acertar o time de Luiz Felipe Scolari, que conquistou o pentacampeonato.
Na frustrada campanha na Alemanha, em 2006, Parreira mexeu no time, eliminado pela França. Tirou o atacante Adriano e pôs Juninho Pernambucano no meio-campo.


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