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Alemanha erra 1º pênalti desde 82
Defesa de Stojkovic garante triunfo da Sérvia e embola disputa pelas duas vagas do Grupo D
Alemanha 0
Sérvia 1
Milan Jovanovic, aos 38min do 1º
tempo
DE SÃO PAULO
A Alemanha que mirava
recordes com Miroslav Klose
e vislumbrava o surgimento
de um novo Müller goleador
amargou uma derrota por 1 a
0 para a Sérvia, ontem.
A seleção dos Bálcãs protagonizou a segunda grande
surpresa da Copa-2010. A primeira fora o triunfo suíço sobre os espanhóis na quarta-
-feira, pelo Grupo H.
No Grupo D, sérvios e alemães têm agora três pontos,
juntamente com Gana, que
pode surpreender e assumir
a liderança se vencer a Austrália hoje, em Rustenburgo,
às 11h (de Brasília).
O placar magro esconde
uma sucessão de dissabores
que havia muito a seleção
alemã não experimentava
em Copas do Mundo, como
derrota na primeira fase, pênalti perdido e expulsão.
Desde o México-1986, os
tricampeões não perdiam na
fase de grupos. A última fora
para a Dinamarca, por 2 a 0.
O gol de ontem, de Milan
Jovanovic, veio em um contra-ataque. A bola sobrou para ele, livre de marcação na
pequena área, completar para o fundo da rede.
O que dificultou a vida alemã foi a ausência do goleador Klose, expulso dois minutos antes do gol, após levar o segundo cartão amarelo por uma falta por trás.
A última vez que a Alemanha havia jogado com um
homem a menos foi em 2002,
quando Carsten Ramelow recebeu o vermelho na vitória
de 2 a 0 sobre Camarões no
último jogo da primeira fase.
O jejum de derrotas poderia ter sido mantido não fosse
a displicência de Podolski
em cobrança de pênalti aos
15min da segunda etapa.
O zagueiro Nemanja Vidic
colocou a mão na bola dentro
da área. Na estreia, a Sérvia
perdera para Gana por causa
de um pênalti semelhante.
Mas, ontem, o polonês naturalizado alemão cobrou
rasteiro, à esquerda do goleiro, não muito no canto. Foi o
suficiente para Stojkovic defender e se consagrar.
Ele é reserva do Wigan, da
Inglaterra, e sua titularidade
era contestada pela torcida e
pela imprensa sérvias.
O último alemão a desperdiçar uma cobrança nos 90
minutos regulamentares em
Copas fora Hoeness, em
1974, contra a Polônia. Depois dele, só Stielike, na decisão por pênaltis na semifinal
contra a França, em 1982.
A Alemanha -que entrou
em campo torcendo para Klose se aproximar de Ronaldo
na artilharia geral das Copas
e incensada pelo talento de
Müller, 20- corre o risco de
acabar a primeira fase em segundo ou até eliminada.
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